Indicadores de Conjuntura

Indicadores de Conjuntura

São poucos e precários os indicadores de conjuntura econômica no Brasil. Eis os principais:

DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE)

Pesquisa industrial mensal: Mede a produção física acompanhando cerca de 700 produtos em 5 mil empresas com o que elabora quatro índices: a variação da produção do mês em relação ao mês anterior, e em relação ao mesmo mês do ano anterior; a variação da produção acumulada nos últimos 12 meses em relação a 12 meses anteriores, e a acumulada no ano, em relação ao mesmo período no ano anterior. Os índices são específicos por setores industriais (indústria da borracha, vestuário, veículos, etc), e por tipos de bens: bens de capital, bens intermediários, bens de consumo duráveis e os não duráveis. Os indicadores do IBGE ressentem-se da pequena amostragem, da não inclusão de serviços e da não atualização freqüente da amostragem em função da mudança do perfil produtivo do país.

Pesquisa mensal do comércio: Indicador iniciado em 1995, alcançando apenas mil estabelecimentos na região do Rio de Janeiro. Acompanha vendas, emprego e massa salarial no comércio. 

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (FGV)

Sondagem Conjuntural: Afere a cada três meses a taxa de utilização, níveis de produção, emprego e intenções de investimento de 1440 empresas em dez segmentos da economia.

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FIESP)

Nível de Atividade Industrial: É divulgado na última quarta-feira do mês seguinte ao mês aferido, a partir de questionários respondidos por cerca de 700 indústrias que representam 30 por cento da produção industrial do Trata-se de um índice composto, pelos índices de variação mensal dos seguintes dados: total de pessoal ocupado pelas empresas; total de horas pagas; total de horas trabalhadas na produção;total de salários reais (deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor da FIPE); salário médio real; total de venda reais (deflacionadas pelo Índice de Preços ao Atacado da FGV); utilização da capacidade instalada.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS INDÚSTRIAS (CNI)

Indicador de Atividade na Indústria de Transformação: Levantado mês a mês, em âmbito nacional, com a variação do valor das vendas reais, pessoal empregado, horas trabalhadas na produção, total de salários pagos e ocupação da capacidade instalada.

OUTROS INDICADORES:

Investimentos: Investimentos em bens de produção são melhor termômetro precursor da atividade econômica, de grande visibilidade, pelo seguinte mecanismo: em regime de produção invariante, empresários apenas repõem equipamento, na proporção do desgaste regular estimado em 10 por cento do capital produtivo existente; se a produção sobe, digamos 10 por cento, além da reposição normal, empresários ampliam seus equipamentos. Mesmo se os ampliarem em apenas 3 por cento, as compras de equipamentos se expandem em 30 por cento (dos 10 por cento do estoque, para 13 por cento do estoque). No sentido inverso, quedas na produção levam a adiamentos mais do que proporcionais nas reposições de bens de capital. É possível inferir o ritmo de investimentos, pelo volume de contratos de financiamentos de bens de capital do programa FINAME, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, uma das principais fontes de financiamentos de bens de capital.

Índices de comércio: A Associação Comercial de São Paulo divulga agregados de comércio e de pagamentos que indicam a se está havendo melhoria ou deterioração no volume e qualidade das vendas: número de falências e concordatas requeridas e decretadas, volume de títulos protestados na capital, por setor de comércio, volume de consultas aos serviços de proteção ao crédito. Os indicadores têm que ser interpretados. Pode haver aumento no número de concordatas requeridas devido às freqüentes mudanças na lei de falência ou outras leis, e não em decorrência de uma crise.

A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica), ligada à USP, criou um indicador composto precursor da atividade econômica de validade discutível, que se vale de dados acessíveis e de compilação rápida ligados à movimentação de pessoas e mercadoria: variação no número de passageiros nos ônibus urbanos e no metrô, consumo de energia elétrica e combustíveis, consultas ao crédito; número de passageiros embarcados no aeroporto de Cumbica e terminal rodoviário.

Ibovespa – Índice Bovespa

O Indice Bovespa é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. É formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

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PIB e PNB

PIB e PNB

Qual a diferença entre PIB e PNB?

Um dos principais indicadores que demonstram a realidade econômica de um país ou região é o PIB (Produto Interno Bruto). Tal indicador nada mais é do que a mensuração de todos os bens e serviços, ou seja, de toda a riqueza produzida. Uma das maiores confusões em relação ao PIB é a diferença entre o mesmo e outro importante indicador econômico: o PNB (Produto Nacional Bruto).

PIB ou PNB?

Uma das confusões em torno do PIB é a que mistura taxas trimestrais de crescimento, divulgadas periodicamente pelo IBGE com taxas anuais. A taxa trimestral mede o crescimento do PIB num trimestre em relação ao trimestre anterior e se constitui numa medida mais aproximada de velocidade corrente de crescimento do PIB. Essa taxa é anualizada, ou seja, indica o quanto o PIB cresceria no ano todo se sua velocidade de expansão continuasse a mesma. Para se evitar confusões no tratamento das variações do PIB deve-se sempre tomar a base inicial da medida como 100, e aplicar sobre ela os índices de crescimento divulgados. Isso permite visualizar corretamente o fenômeno em curso.

Embora o conceito de PIB seja preferido na maior parte do mundo, como no Brasil e Grã Bretanha, o PNB é utilizado especialmente em determinados países, como nos Estados Unidos, por exemplo.


O PIB representa todas as riquezas produzidas dentro das fronteiras de uma região, independentemente do destino dessa renda. O conceito de PIB também descarta a entrada de verbas do exterior. O que é levado em consideração é simplesmente aquilo que é produzido dentro das fronteiras da região ou país.


Já o PNB considera todos os valores que um país, por exemplo, recebe do exterior, além das riquezas que foram apropriadas por outras economias, ou seja, os valores que saem. É justamente essa a diferença: o PNB considera as rendas enviadas e recebidas do exterior, enquanto o PIB, não.

Desta forma, em países em desenvolvimento, como o Brasil, o PNB normalmente é menor que o PIB, uma vez que as transnacionais enviam grande parte de seus lucros para seus países de origem. Da mesma forma, em países com muitas empresas de atuação global, como nos Estados Unidos, o PNB tende a ser maior, já que há uma grande absorção dos lucros gerados por suas empresas no exterior.

Portanto: O PIB, descontado dessa renda enviada ao exterior, ou somado à renda recebida do exterior é chamado PNB. O conceito de PNB, por esse motivo, está mais próximo ao conceito de Renda Nacional. O Produto Nacional Bruto, descontadas as perdas por depreciação, é exatamente igual à Renda Nacional Líquida. Assim:

PIB – Renda enviada ao exterior + Renda recebida do exterior = PNB

PNB – Depreciação = Produto Nacional Líquido = Renda Nacional Liquida.

Renda Nacional Líquida / População = Renda Per Capita

 

100 Maiores PIB’s Mundiais

Lugar País PIB
(milhões de USD)
 Mundo 62 911 253
 União Europeia
16 242 256
1
 Estados Unidos
14 526 550
2
 China
5 878 257
3
 Japão
5 458 797
4
 Alemanha
3 286 451
5
 França
2 562 742
6
 Reino Unido
2 250 209
7
 Brasil
2 090 314
8
 Itália
2 055 114
9
 Índia
1 631 970
10
 Canadá
1 577 040
11
 Rússia
1 479 825
12
 Espanha
1 409 946
13
 Austrália
1 237 363
14
 México
1 034 308
15
 Coreia do Sul
1 014 482
16
 Países Baixos
780 668
17
 Turquia
735 487
18
 Indonésia
706 752
19
 Suíça
527 920
20  Polónia 469 401
21
 Bélgica
467 779
22
 Suécia
458 725
23
 Arábia Saudita
448 360
24
 Taiwan
429 845
25
 Noruega
412 990
26
 Irã
407 382
27
 Áustria
377 382
28
 Argentina
369 992
29
 África do Sul
363 655
30
 Tailândia
318 908
31
 Dinamarca
309 866
32
 Grécia
305 415
33
 Emirados Árabes Unidos
302 039
34
 Venezuela
293 268
35
 Colômbia
289 433
36
 Finlândia
239 177
37
 Malásia
237 959
38
 Portugal
229 154
39
 Hong Kong
224 459
40
 Singapura
222 699
41
 Egito
218 465
42
 Israel
217 445
43
 Irlanda
206 985
44
 Chile
203 299
45
 Nigéria
202 576
46
 Filipinas
199 591
47
 República Checa
192 030
48
 Paquistão
176 870
49
 Roménia
161 629
50
 Argélia
157 759
51
 Peru
153 802
52
 Cazaquistão
148 047
53
 Nova Zelândia
140 509
54
 Ucrânia
137 934
55
 Kuwait
132 569
56
 Hungria
130 421
57
 Catar
127 332
58
 Bangladesh
105 560
59
 Vietname
103 574
60
 Marrocos
91 135
61
 Eslováquia
87 450
62
 Angola
82 471
63
 Iraque
81 112
64
 Líbia
71 336
65
 Sudão
65 389
66
 Croácia
60 834
67
 Síria
59 330
68
 Equador
57 978
69
 Omã
57 851
70
 Luxemburgo
55 195
71
 Bielorrússia
54 713
72
 Azerbaijão
54 370
73
 República Dominicana
51 626
74
 Sri Lanka
49 536
75
 Eslovênia
47 733
76
 Bulgária
47 702
77
 Myanmar
45 428
78
 Tunísia
44 278
79
 Guatemala
41 178
80
 Uruguai
40 272
81
 Líbano
39 236
82
 Uzbequistão
38 987
83
 Sérvia
38 009
84
 Lituânia
36 370
85
 Costa Rica
35 789
86
 Gana
32 321
87
 Quênia
32 092
88
 Iémen/Iêmen
31 315
89
 Etiópia
29 717
90
 Panamá
26 808
91
 Jordânia
26 447
92
 Letônia
24 013
93
 Chipre
23 174
94
 Costa do Marfim
22 963
95
 Bahrein
22 656
96
 Tanzânia
22 543
97
 Camarões
22 522
98
 El Salvador
21 215
99
 Trinidad e Tobago
20 375
100
 Turquemenistão
20 001

Reportagem de  Ilton Caldeira, iG São Paulo – 04/04/2012 05:40

Especialistas apontam que PIB deve crescer entre 3% e 3,5% em 2012; projeções do governo apontam um resultado de 4,5% neste ano

Estímulo à indústria deve ter pouco efeito para melhorar o resultado do PIB

O pacote de incentivo à indústria deverá ter pouco efeito para o crescimento da economia em 2012. Segundo especialistas, o efeito das medidas pode gerar algum crescimento no curto prazo, mas será um desempenho volátil. Para gerar um cresicmento mais sustentável, em bases mais sólidas, é necessário uma ampla reforma tributária, além de mudanças na estrutura de gastos de custeio do governo com a operação da máquina pública e melhorias na infraestutura do País.

Nesta terça-feira o Governo Federal apresentou medidas para ajudar a indústria a enfrentar a crise econômica internacional, reforçando ações sobre o câmbio e na área tributária, com a desoneração da folha de pagamento, junto com estímulos à produção de bens e equipamentos no Brasil.

Foram anunciadas ainda medidas para reduzir o custo do comércio exterior e de defesa comercial. Mudanças nas condições de crédito, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), e condições mais favoráveis para a indústria automobilística nacional também foram apresentadas.

O pacote no total soma R$ 60,4 bilhões, sendo que desse montante R$ 3,1 bilhões representam renuncia fiscal pela União.

Foto: AE/PAULO PINTO

Funcionários trabalham na ala de pintura de carrocerias em fábrica da Volkswagen: estímulo à produção é positivo, mas gargalos de infraestrutura precisam ser solucionados

Na avaliação do economista Antonio Correa de Lacerda, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), as medidas são positivas, mas de forma isolada não produzem um grande efeito para o desempenho da economia. Segundo Lacerda, o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter um desempenho entre 3% e 3,5% este ano.

“Medidas de desoneração são sempre positivas, mas precisam estar aliadas com outras políticas, como a redução dos juros”, diz Lacerda. “Estamos competindo com países como a China e a Coreia que utilizam diversos mecanismos de incentivo para a economia. Precisamos atacar o problema da infraestrutura e da logística que também tiram a competitividade dos produtos nacionais”, acrescenta.

Para este ano, o governo projeta um crescimento de 4,5%. Na segunda-feira, o Banco Central divulgou o relatório Focus com as projeções do mercado financeiro para o desempenho da economia. O documento aponta que os analistas voltaram a reduzir a estimativa de crescimento do PIB, que passou de 3,23% para 3,2% em 2012.

Nesta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados sobre o desempenho da produção industrial. Os números mostram que apesar de ter crescido 1,3% na comparação com janeiro, mês em que houve queda de1,5% no setor de produção, o resultado segue fraco, com retração de 3,9% sobre o desempenho do mesmo período do ano passado.

Flávio Serrano, economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank, avalia que as medidas são positivas e vão no sentido de reduzir impostos e aliviar o sufoco dos setor privado.”Mas é uma medida temporária e que não ataca o problema tributário mais complexo, nem as deficiências da fraca infraestrutura do País”, diz.

Segundo Serrano, parte da crise do setor de produção decorre do cenário de conjuntura internacional já que o segmento industrial é o que mais lida com a economia externa e sofre mais diretamente seus efeitos agora durante a crise que atinge os Estados Unidos e a Europa. “O impacto das medidas no PIB deve ser marginal e o crescimento este ano não deve passar de 3,5%. Pode haver uma aceleração da economia no curto prazo, mas será um comportamento mais volátil”, completa.

Desempenho da indústria

Variação do indicador de produção com ajustes sazonal

O economista Pedro Paulo Silveira, da TOV Asset Management, analisa que as medidas podem fazer pouco pelo setor diante da queda de demanda global. As economias ricas estão passando por um forte desemprego, com mais de 17 milhões de pessoas sem trabalho somente na Europa, e perda do poder de compra. “Esse cenário reduz o potencial dos mercados mais desenvolvidos para os produtos brasileiros”, diz. “Além disso, mais protecionismo pode gerar mais problemas que soluções para a economia. As contrapartidas também não estão muito claras e não há garantias de que o setor produtivo não irá repassar possíveis aumentos de custos e matérias-primas para os demais elos da cadeia. Isso pode gerar pressões inflacionárias e comprometer os objetivos do Banco Central.”

Desempenho fraco

A redução do desempenho do setor industrial contribui para que o PIB de 2011 não tivesse um crescimento mais robusto. No ano passado, o setor produtivo registrou crescimento de 1,6%, contra 2,7% dos serviços e 3,9% da agropecuária.

No ano passado, a indústria de transformação ficou praticamente estagnada em relação a 2010, com variação de 0,1% influenciada, principalmente pela redução do valor adicionado de automóveis, vestuário, metalurgia e máquinas, entre outros.

De acordo com o IBGE, a variação negativa da indústria foi puxada pela queda de -3,1% na Indústria de transformação. O desempenho ruim da indústria de transformação foi atribuído à redução da produção de têxteis, artigos de vestuário, calçados, máquinas e equipamentos.


Resposta das questões do dia 29/02/2012

1 – Por que a renda no Nordeste é inferior a renda Paulista?

R: Esse é uma questão de Oferta x Demanda. Temos poucas oportunidades de trabalho no NE por conta do baixo desenvolvimento industrial. Por conta disso, existe uma oferta de mão-de-obra muito superior a demanda. Isso provoca queda no valor da mão-de-obra, queda nos salários.

2 – Por que a alta no preço do cafezinho reduz a demanda de açúcar?

R:  Porque são bens complementares, consumidos em conjunto. Logo o aumento no preço do café reduz sua demanda, que vem a reduzir também a demanda de seus bens complementares como o açúcar.

3 – Como se divide o estudo da ciência Econômica?

R:  Se divide em:

  • Microeconomia – Estuda a formação dos preços nos diversos mercados, a partir da ação conjunta da oferta e da demanda. Os preços constituem os sinais para o uso eficiente dos recursos escassos da sociedade e funciona como um elemento de exclusão.
  • Macroeconomia – Estuda as condições de equilíbrio estável entre renda e o gasto nacional. As políticas econômicas de intervenção procuram sempre estabelecer tal equilíbrio.
  • Desenvolvimento Econômico – Estuda o processo de acumulação dos recursos escassos e da geração de tecnologia capazes de aumentar a produção de bens e serviços para a sociedade.
  • Economia Internacional – Estuda as condições de equilíbrio do comercio externo (importações e exportações), alem dos fluxos de capital.

Macroeconomia

Macroeconomia

O principal objetivo da teoria macroeconômica é analisar como são determinados os preços e as quantidades dos bens produzidos e dos fatores de produção existentes na economia.

Na tentativa de determinar como os preços são estabelecidos desenvolveram-se dois métodos de analise básicos:

  • Abordagem do Equilíbrio Parcial – Analisa um determinado mercado sem considerar os efeitos que esse mercado pode ocasionar sobre os demais mercados existentes na economia. Admite-se que os demais mercados afetam o mercado analisado, mas julga-se que esse mercado não afete os demais.
  • Abordagem do Equilíbrio Geral – Acredita-se que tudo depende de tudo, e assim, se quisermos determinar como são formados os preços dos bens, deveríamos inicialmente listar todos os bens que são produzidos pela economia e todos os diferentes tipos de insumos que são utilizados, e considerarmos que, nas demandas e ofertas de cada um dos bens, todos os preços dos demais bens são importantes.

Imaginemos que estivéssemos interessados em saber como os preços de uma economia têm-se comportado ao longo dos últimos meses. A resposta que a microeconomia daria seria individualizar cada um dos bens produzidos respondendo: o preço relativo do bem X está aumentando, o do bem Y diminuindo e assim sucessivamente.

 

Para saber como tem se comportado o nível de produção da economia ao longo dos últimos anos, como tem evoluído o nível de emprego, etc., percebe-se a necessidade de darmos um tratamento mais abrangente a análise econômica. É ai que surge espaço para macroeconomia. Ela tem por objetivo fundamental analisar como são determinadas as variáveis econômicas de maneira agregada. É claro que a microeconomia também analisa variáveis agregadas, como por exemplo, o mercado de automóveis, que inclui uma série de tipos de automóveis fabricados. Entretanto a Macroeconomia faz agregações absolutas, pois agrega todos os tipos de bens produzidos.

Macroeconomia observa a economia por quatro mercados:

Mercado de bens e serviços – Tenta responder como se comporta o nível de atividades através da analise de todos os bens produzidos pela economia durante um determinado período de tempo e determina-se o chamado produto nacional. O preço desses produtos que representa uma média de todos os preços produzidos é o chamado nível geral de preços.

Ex.: PIB e IGPM

Mercado de trabalho – De maneira semelhante aos bens e serviços, mercado de trabalho representa uma agregação de todos os tipos de trabalhos existentes na economia. Neste mercado, determinamos como se estabelece a taxa salarial e o nível de emprego.

Mercado monetário e de títulos – Estuda a moeda e os títulos de dívida. Como exemplo de mercado monetário, utiliza como base de estudo as reservas monetárias, a poupança e a disponibilidade de moeda.
Em toda economia existem os agentes superavitários e os deficitários. Agentes superavitários são aqueles que possuem um nível de renda superior aos seus gastos e os deficitários aqueles que possuem um nível de gastos superior ao da renda. Para tal, idealiza-se um mercado no qual os agentes superavitários emprestam para os deficitários, que é o mercado de títulos. Ex.: títulos do governo, ações, debêntures, duplicatas, etc. Desta forma a macroeconomia agrega todos os títulos e determina um título para determinar o preço e a quantidade dos títulos.

Mercado de divisas – Também chamado de mercado de moeda estrangeira, onde a oferta de divisas depende das exportações e da entrada de capital estrangeiro, e a demanda de divisas é determinada pelo volume de importações e saídas de capital financeiro. Essa variação é o que determina a taxa de cambio e o preço da divisa em termos da moeda nacional. Ex.: Cotação do US$.


Aula do dia 07/03/2012

Dia 07/03/2012 tivemos a visita do Sr. Bharat Mirchandani, aluno do MBA em Administração de Empresas pela Emory Business School dos Estados Unidos.

Bharat nasceu na India, se formou em administração de empresas e fez pós graduação na India. Está a um ano e meio nos Estados Unidos fazendo um curso de MBA.

Ele veio ao Brasil fazer uma pesquisa de mercado para uma empresa americana de fast food, que estuda iniciar suas atividades no Brasil.

Essa pesquisa, é parte do seu trabalho de conclusão do curso de MBA.

Quero agradecer a participação de todos os alunos, em especial aqueles que foram entrevistados na pesquisa.

Infelizmente não foram todos os alunos que tiveram a oportunidade de participar desta pesquisa, mas todos tiveram o oportunidade de conhecer e fazer perguntas ao Sr. Bharat.

Ele falou da importância de se falar inglês e de trabalhar com determinação em busca de seus objetivos.

Quem quiser manter contato com o Sr. Bharat ou fazer alguma pergunta, pode enviar um e-mail para: bharat_mirchandani@bus.emory.edu

Espero que tenham apreciado a aula.


Surpresa!!!

Acabei de confirmar:

Hoje teremos uma aula interessante com a presença de um ilustre convidado internacional.

Não Percam!


Correntes de Pensamento Econômico & Retrospectiva Econômica Brasileira

Correntes de Pensamento Econômico

A História do Pensamento Econômico é um estudo da herança deixada pelos que escreveram sobre assuntos econômicos no transcurso de muitos anos.

Antes da Renascença (séculos XV e XVI): era quase impossível a visualização da Economia como campo específico de estudo, pois tudo era contra: a dominação do Estado e da Igreja, a força dos costumes e as crenças religiosas e filosóficas, a natureza e a amplitude limitada da atividade econômica. No entanto, a atividade econômica para a satisfação de necessidades ocorreu em todas as épocas da história humana.

Divisão do Estudo:

  • História do Pensamento Econômico
  • Mercantilismo
  • Fisiocracia
  • Utilitarismo
  • Economia Clássica
  • Teoria Marxista
  • Teoria Keynesiana

Mercantilismo

Mercantilismo é a teoria e prática econômica que defendiam, do século XVI a meados do XVII, o fortalecimento do estado por meio da posse de metais preciosos, do controle governamental da economia e da expansão comercial.

Para a consecução dos objetivos mercantilistas, todos os outros interesses deviam ser deixados à segundo plano: a economia local tinha que se transformar em nacional e o lucro individual desaparecer quando assim conviesse ao fortalecimento do poder nacional.

Alcançar a abundância de moeda era um dos objetivos básicos dos mercantilistas, já que, a força do estado dependia de suas reservas monetárias. Se uma nação não dispunha de minas, tinha de buscar o ouro necessário em suas colônias ou, adquiri-lo por meio do comércio, o que exigia um saldo favorável da balança comercial – ou seja, que o valor das exportações fosse superior ao das importações.

Foi durante o mercantilismo que iniciou-se o emprego de sistemas de contabilidade e acompanhamento das contas de receitas e despesas do estado, a criação de uma fiscalização centralizada e a adoção de leis que desestimulassem a importação de bens improdutivos e de grande valor.

Não tinham como finalidade o desenvolvimento da manufatura nacional, mas sim, a maior acumulação possível de metais nobres.

O mercantilismo foi o instrumento que assegurou as condições econômicas e financeiras necessárias para garantir a expansão dos estados absolutistas europeus.

Os principais promotores e representantes do mercantilismo foram:

  • Jean-Baptiste Colbert da França – Ministro da Fazenda de Luís XIV
  • Jean Bodin da França
  • Antoine de Montchrestien da França
  • Thomas Mun da Grã-Bretanha
  • James Steuart da Grã-Bretanha
  • Josiah Child da Grã-Bretanha
  • Antonio Serra na Itália
  • Marquês de Pombal de Portugal

Fisiocracia

A concepção natural de excedente. Conforme esta teoria, apenas efetua trocas o homem que dispõe de produtos “superfluos” (excesso sobre a subsistência), por meio dos quais virá a obter o que melhor lhe convier. É sempre excesso de bens em relação à subsistência, que assume a forma derivada de rendimento e (indiretamente) de tributos.

Os empresários viveriam de “rendas incertas” e os assalariados, de “renda certa”, estabelecida pelo custo de subsistência, ou por algo aproximado a preço de oferta da força de trabalho (abraçando o custo de reprodução da mão-de-obra e outros fatores).

Para Quesnay, excedente é sempre excesso de produção sobre os custos diretos e indiretos de subsistência. Se subsistência é consumo de produtos agrícolas, o excedente é excesso de produção agrícola sobre insumos e subsistência.

Finalmente, a teoria agrícola do excedente assenta-se na suposição de que apenas o trabalho agrícola é produtivo, no sentido de ser capaz de gerar excedente sobre os custos.

Trabalho não agrícola = Trabalho estéril.

O objetivo do movimento fisiocrático é o livre comércio, admitindo-se que o preço de mercado livre é o da ordem natural. E o preço natural será aquele determinado pela concorrência, evidenciando a interdependência entre as atividades econômicas. Porém a agricultura era considerada fecunda e a indústria não.

Utilitarismo

Nos fundamentos de sua estrutura, o utilitarismo encara um indivíduo como a expressão da utilidade, da satisfação, do prazer, da felicidade ou do desejo de realização. Em sua essência, a utilidade se torna a medida da realização do nosso desejo, o denominador comum de tudo que queremos.

Contudo um grande problema se levanta. Como medir esta utilidade?

Economia Clássica

Adam Smith

A primeira grande obra de economia política foi o livro “Riqueza das Nações” de Adam Smith.

Adam Smith adotava uma atitude liberal. Apóia o não intervencionismo, pois ele acredita que o intervencionismo prejudica mais.

A desigualdade é vista como um incentivo ao trabalho e ao enriquecimento (logicamente os pobres querem ficar ricos e atingir o nível das classes ricas e mais beneficiadas), sendo uma condição fundamental para que as pessoas se mexam e tentem atingir níveis melhores de vida.

Como resolver este problema da justiça social e da eqüidade? Adam Smith aponta um caminho – o Progresso Econômico.

A grande contribuição de Adam Smith para o Pensamento Econômico é exatamente a chamada “Teoria da Mão Invisível“.

Para este autor todos aplicam o seu capital para que ele renda o mais possível. A pessoa ao fazer isto não tem em conta o interesse geral da comunidade, mas sim o seu próprio interesse – neste sentido é egoísta. O que Adam Smith defende é que ao promover o interesse pessoal, a indivíduo acaba por ajudar na prossecução do Interesse Geral e coletivo. Dizia ele, que não pela benevolência do padeiro ou do açougueiro que nós temos o nosso jantar, mas é pelo egoísmo deles, pois os homens agindo segundo seu próprio interesse é que se ajudam mutuamente. Neste caminho ele é conduzido e guiado por uma espécie de Mão Invisível.

Adam Smith acredita então que ao conduzir e perseguir os seus interesses, o homem acaba por beneficiar a sociedade como um todo de uma maneira mais eficaz.

Graças à mão invisível não há necessidade de fixar o preço.

Por exemplo, a Inflação é corrigida por um re-equilíbrio entre a Oferta e a Procura, re-equilíbrio esse que seria atingido e conduzido pela Mão Invisível, é pois, o início da Glorificação do Mercado que Adam Smith preconiza.

Para Smith, Deus implantou no homem certos instintos, entre os quais, “trocar”. Este instinto, mas a tendência de ganhar dinheiro e de subir socialmente, conduzem o trabalhador a poupar, e produzir o que a sociedade precisa e a enriquecer a sociedade. Os homens são “naturalmente” assim – dizia Smith.

A especialização da força de trabalho, que acompanha o avanço econômico, e a alocação de força de trabalho entre várias linhas de emprego, é a principal explicação de Adam Smith para o desenvolvimento.

O Modelo Teórico de desenvolvimento econômico de Smith constituía parte integrante de sua política econômica: ao contestar o padrão mercantilista de regulamentação estatal e de controle, apoiava a suposição de que a concorrência maximiza o desenvolvimento econômico e de que os benefícios do desenvolvimento seriam partilhados por todos na sociedade.

Os principais discípulos de Adam Smith foram:

Thomas Robert Malthus (1766-1834)

Dizia: “… a potência da população é infinitamente maior do que a potência da terra na produção de subsistência para o homem. A população, quando não controlada, cresce a uma taxa geométrica. A subsistência só cresce a taxa aritmética.

David Ricardo (1772-1823)

Ricardo mostrou as interligações entre expansão econômica e distribuição da renda. Tratou os problemas do comércio internacional e defendeu a flutuação livre do câmbio.

John Stuart Mill (1806-1873)

Introduziu na economia preocupações de “justiça social” que lhe valeram o adjetivo de “clássico da transição” entre a Escola Clássica e os pensamentos socialista.

Jean Baptiste Say (1768-1832)

Tal como Smith, considera o “mercado” essencial. Segundo Say a produção realiza-se através de 3 elementos:

  • O Trabalho
  • O Capital
  • Agentes Naturais (por agentes naturais entenda-se a terra, etc).

Deu atenção especial ao empresário e ao lucro.

Subordinou o problema do equilíbrio das trocas diretamente à produção, tornando-se conhecida sua concepção de que oferta cria a procura equivalente.

Teoria Marxista

Karl Marx (1818-1883) opôs-se aos processos analíticos dos clássicos e às suas conclusões, com base no que Lenin considerou a melhor criação da humanidade no século XIX: a filosofia alemã, economia e política inglesa e o socialismo francês.

Marx foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna.

Marx afirmava que “o valor da força de trabalho é determinado, como no caso de qualquer outra mercadoria, pelo tempo de trabalho necessário à produção e conseqüentemente à reprodução, desse artigo especial.”

Por sua própria característica, o capitalismo tende a separar as classes sociais de modo sempre crescente: com o avanço tecnológico, um número cada vez maior de trabalhadores é rebaixado em suas técnicas, e passa a realizar operações de rotina e tarefas repetitivas. Além disso, a substituição dos homens pelas máquinas faz aumentar o exército de reserva dos desempregados – conseqüência do modo de produção capitalista, que mantém a posição de poder dos capitalistas e permite abundante oferta de trabalho a salários de subsistência. Aliás, entre os próprios capitalistas a difusão do maquinismo e da dinâmica do sistema fazem desaparecer os pequenos empresários, ou os de menores recursos, que também se tornam dependentes dos proprietários dos meios de produção.

Teoria Keynesiana

John Maynard Keynes (1883-1946)

A teoria keynesiana é o conjunto de idéias que propunham a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego.

Keynes foi conselheiro de diversos governos da Inglaterra.

As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado.

O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, participou ativamente dos trabalhos de criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

Dizia que o capitalismo não regulado mostrava-se incompatível com a manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica.

Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais.

Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerados de forma alarmante.

A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes.

Ciência Econômica depois de Keynes

Na área da Ciência Econômica, até agora não surgiu nenhuma obra que provocasse impacto semelhante a Keynes. Nem idéias que revolucionassem tão intensamente a maneira de considerar os problemas econômicos, políticos, sociais e culturais, tal como aconteceu com o keynesianismo. Nem mesmo no momento atual, quando o próprio keynesianismo começa a refluir diante da escalada do neoliberalismo.

Há outra característica que talvez explique esse fenômeno: hoje, existe uma avalanche de contribuições científicas esparsas e, em geral, limitadas a determinados aspectos da teoria econômica e/ou de sua aplicação, deixando confusos os próprios economistas.

Soma-se a tudo isso o fato de a grande maioria dos economistas permanecerem fechados em pequenas comunidades de trabalho, como um determinado departamento de uma faculdade, ou um centro de pesquisa altamente especializado.

Entretanto, a Economia é a ciência que mais se destaca no conjunto de ciências sociais., sobretudo por sua multiplicidade de aplicações práticas.

Com a implosão dos regimes comunistas no final da década de 80 e a generalização do sistema de economia de mercado, parecia que o liberalismo econômico seria o grande vitorioso do liminar do século XX. Mas a frustração a frustração chegou antes do novo século e milênio, com a dificuldade das atuais políticas econômicas em conseguir solucionar, no mínimo, problemas como o desemprego crescente e o aumento da pobreza e de exclusão social em todos os países, inclusive naqueles considerados ricos e altamente industrializados.

Dentre as múltiplas tendências do pensamento econômico depois de Keynes, destaco aquelas que considero as mais importantes:

  • A revolução matematizante da ciência econômica.
  • A oposição econometrista “versus” economista institucionalistas.
  • Grandes modelos macroeconômicos.

E depois da onda neoliberal, o que virá?


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Retrospectiva Econômica Brasileira

A economia brasileira viveu vários ciclos ao longo da História do Brasil. Em cada ciclo, um setor foi privilegiado em detrimento de outros, e provocou sucessivas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira.

Divisão da História do Brasil

  • Período Pré-colonial (antes de 1500)
  • Período Brasil Colônia (1500-1822)
  • Período Brasil Império (1822-1889)
  • República (1889-2011)

Ciclo do pau-brasil (século XVI)

O primeiro ciclo econômico do Brasil foi a extração do pau-brasil com ajuda da mão de obra dos indios escravizados. Além do pau-brasil, outras atividades de extrativismo predominaram nessa época, como a coleta de drogas do sertão.

Ciclo da cana-de-açúcar (séculos XVI-XVIII)

O segundo ciclo econômico brasileiro foi o plantio de cana-de-açúcar, utilizada na Europa para a manufatura de acúçar. O plantio de cana adotou o latifúndio como estrutura fundiária e a monocultura como método agrícola. No século XVIII a cana perdeu espaço para o cultivo de café.

Escravatura e tráfico negreiro (séculos XVI-XIX)

A agricultura da cana introduziu o modo de produção escravista, baseado na importação e escravização de africanos. Esta atividade gerou todo um setor paralelo chamado de tráfico negreiro.

Pecuária

A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, levando o povoamento do litoral para o interior.

Ciclo da mineração (1709-1789)

Durante todo o século XVIII, expedições chamadas entradas e bandeiras vasculharam o interior do território em busca de metais valiosos (ouro, prata, cobre) e pedras preciosas (diamantes, esmeraldas). Afinal, já no início do século XVIII (entre 1709 e 1720) estas foram achadas no interior da Capitania de São Paulo (Planalto Central e Montanhas Alterosas), nas áreas que depois foram desmembradas como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

A descoberta de ouro, diamante e esmeraldas nessa região provocou um afluxo populacional vindo de Portugal e de outras áreas povoadas da colônia, como São Paulo de Piratininga, São Vicente e o litoral nordestino. Já de início, o choque na corrida pelas minas levou a um conflito entre paulistas e outros (Guerra dos Emboabas).

Outra importante atividade impulsionada pela mineração foi o comércio interno entre as diferentes vilas e cidades da colônia, proporcionada pelostropeiros.

Economia na Era Imperial (1822-1889)

Ao tornar-se independente em 1822, o Brasil possuía uma economia voltada para a exportação de matérias-primas. A economia do Brasil era extremamente diversificada no período pós-Independência, mas foi necessário um grande esforço por parte do governo monárquico para realizar a transmutação de sistema econômico puramente escravocrata e colonial para uma economia moderna e capitalista. Contudo, a monarquia fora capaz de manter até o fim de sua existência o extremamente notável crescimento econômico iniciado com a vinda do então príncipe-regente dom João ao Brasil. Isto foi possível, em parte, graças ao liberalismo adotado pelo regime monárquico, que favorecia a iniciativa privada.

Agricultura

A agricultura no Brasil detinha um papel extremante importante: 80% das pessoas em atividade dedicavam-se ao setor agrícola, 13% ao de serviços e 7% ao industrial.

O sustento de escravos revelara-se mais oneroso que o pagamento de salários a trabalhadores livres, por isso realizaram a transição do antigo sistema econômico escravocrata para o moderno capitalista.

Em 1874 o gabinete Rio Branco fixou em 40% a taxa de imposto para todas as mercadorias importadas (e que viria a incentivar a indústria nacional), ao mesmo tempo em que criou franquias aduaneiras para importações relacionadas a plantas vivas, sementes, raízes, bulbos e aparelhos mecânicos com o intuito de desenvolver a agricultura. Essas taxas marcaram o início das políticas econômicas internacionais.

Indústria

A Indústria brasileira tem sua origem remota nas oficinas artesanais datadas do início do século XIX. A maior parte dos estabelecimentos industriais surgiram no Sudeste brasileiro. De acordo com a Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, 77 estabelecimentos foram registrados entre 1808 e 1840 e receberam a classificação de “fábricas” ou “manufaturas”. Provavelmente causada pela instabilidade do período regencial, apenas nove destes estabelecimentos ainda estavam em funcionamento em 1841, mas em compensação, eram de grande porte e poderiam ser consideradas um “prenuncio de uma nova era para as manufaturas”.

Ciclo do café (1800-1930)

A economia cafeeira em São Paulo foi o grande motor da economia brasileira desde a segunda metade do século XIX até a década de 1920. O grão foi o principal produto de exportação do país durante quase 100 anos. Como o Brasil detinha o controle sobre grande parte da oferta mundial desse produto, podia facilmente controlar os preços do café nos mercados internacionais, obtendo assim lucros elevados.

Aconteceu que tivemos uma situação de crescimento da oferta de café muito superior ao crescimento de sua demanda, indicando uma tendência estrutural de baixa de preços no longo prazo.

As políticas governamentais de valorização do café, consistiam basicamente na compra, por parte do governo federal, dos estoques excedentes da produção de café, por meio de empréstimos externos financiados por tributos cobrados sobre a própria exportação de café.

No curto prazo, tal política ajudou a sustentar os preços internacionais do produto, sustentando a renda dos exportadores. Porém, a médio e longo prazo, essa política deu uma posição de favorecimento do café sobre os demais produtos brasileiros de exportação, além de inflar artificialmente os lucros do setor (pois essa política não tinha nenhum impacto sobre a demanda internacional pelo produto), o que estimulava novas inversões de capitais na produção, pressionando ainda mais a oferta nacional de café.

A crise internacional de 1929 ao mesmo tempo em que reduziu a demanda internacional pelo café brasileiro, pressionando seus preços para baixo, impossibilitou ao governo brasileiro tomar empréstimos externos para absorver os estoques excedentes de café, devido ao colapso do mercado financeiro internacional.

Ciclo da borracha (1866-1913)

Charles Goodyear descobriu o processo de vulcanização do líquido extraído das seringueiras conhecido como látex, sendo possível a fabricação de pneumáticos para a indústria automobilística – até então os carros utilizavam rodas de madeira. Porém, apenas mais de um século depois, cerca do ano de 1870, começou a tornar-se sensação na Europa e nos Estados Unidos: a demanda crescia vorazmente e a oferta crescia timidamente, gerando um rápido aumento na cotação internacional do produto.

Na época, o único local de existência da árvore era em toda a Amazônia. Fazendeiros, pequenos agricultores, e outros agroempresários foram atraídos para o interior da Amazônia para constituir fazendas silvicultoras, voltadas à extração de látex. Simples homens ergueram-se como barões da borracha, concentrando renda e relegando sua mão-de-obra à miséria e a condições análogas à escravidão.

Na pauta de exportações brasileiras, a borracha chegou a representar 40%, possuindo a mesma parcela de participação que o café durante o ciclo do café, evidenciando a grande importância do ciclo da borracha.

O Ciclo da Borracha é também conhecido na Amazônia como a Belle Époque e foi uma época de ostentação e fausto, porém começou a ruir com as bruscas quedas na cotação internacional da borracha, graças a ampliação em demasia da oferta de látex, propiciada pela biopirataria de milhares de seringueiras ao Oriente; emigração de famílias capitalizadas e a I Guerra Mundial. Porém o factor determinante para seu ocaso foi a pouca diversificação da economia amazônica.

Ciclo da soja (1970-hoje)

Desde a década de 1970, o novo produto que impulsionou a economia de exportação foi a soja, introduzida a partir de sementes trazidas da Ásia e dosEstados Unidos. O modelo adotado para o plantio de soja foi a monocultura extensiva e mecanizada, provocando desemprego no campo e alta lucratividade para um novo setor chamado de “agronegócio”.

O crescimento da cultura da soja se deu às custas da “expansão da fronteira agrícola” na direção da Amazônia, o que por sua vez vem provocando desmatamentos em larga escala.

A crise da agricultura familiar e o desalojamento em massa de lavradores ocasionou o surgimento dos movimentos de sem-terra

Industrialização e desenvolvimentismo (1945-1964)

O chamado desenvolvimentismo (ou nacional-desenvolvimentismo) foi a corrente econômica que prevalesceu nos anos 1950, do segundo governo de Getúlio Vargas até o Regime Militar, com especial ênfase na gestão deJuscelino Kubitschek.

O modelo de transporte adotado foi o rodoviário, em detrimento de todos os demais (ferroviário, hidroviário, naval, aéreo).

Valendo-se de políticas econômicas desenvolvimentista desde a Era Vargas, na década de 1930, o Brasil desenvolveu grande parte de sua infra-estruturaem pouco tempo e alcançou elevadas taxas de crescimento econômico. Todavia, o governo muitas vezes manteve suas contas em desequilíbrio, multiplicando a dívida externa e desencadeando uma grande ondainflacionária.

O presidente João Goulart tentou implementar as reformas de base (agrária, habitacional, financeira) mas foi impedido pelo golpe militar de 1964.

Em 1967, é criada a Zona Franca de Manaus.

Milagre econômico (1969-1973)

Entre 1969 e 1973, o Brasil viveu o chamado Milagre Econômico, quando um crescimento acelerado da indústria gerou empregos e aumentou a renda de todos os trabalhadores. Houve, porém, ampliação da concentração de renda.

A industrialização ocorreu, principalmente, no eixo Rio-São Paulo e atraiu para esta região uma imigração em massa das regiões mais pobres do país, principalmente do Sertão Nordestino.

Recessão e crise monetária (1973-1990)

Da Crise do Petróleo até o início dos anos 1990, o Brasil viveu um período prolongado de instabilidade monetária e de recessão, com altíssimos índices de inflação (hiperinflação) combinados com arrocho salarial, aumento dadívida externa e crescimento pífio.

Já na década de 1980, o governo brasileiro desenvolveu vários planos econômicos que visavam o controle da inflação, sem nenhum sucesso. O resultado foi o não pagamento de dívidas com credores internacionais (moratória), o que resultou em graves problemas econômicos que perdurariam por anos. Não foi por acaso que os anos 1980, na economia brasileira, ganharam o apelido de “década perdida”.

  • Plano Cruzado
  • Plano Bresser
  • Plano Collor

Abertura Econômica (1990-2003)

O governo Fernando Collor teve como principal lema a falência do projeto desenvolvimentista como motor de crescimento.

O que observou-se foi uma crescente abertura comercial e uma série de privatizações. Diversas empresas de baixa eficiência, principalmente do setor de informática, foram à falência enquanto a qualidade dos produtos disponíveis teve uma melhora substancial.

A estabilidade monetária só foi alcançada com a implantação do Plano Real, em 1994, já no governo Itamar Franco. Houve uma melhora da renda sem precedentes para as classes mais baixas. O ministro da fazenda, Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente com ampla margem.

A Lei de Responsabilidade Fiscal ajudou a controlar os gastos dos estados e municípios. Por outro lado, a insistência na política de câmbio fixo valorizado gerou prejuízo na situação fiscal que culminou com o ataque especulativo e a implementação do regime de câmbio flutuante com Armínio Fraga. A implementação de políticas redistributivas como Bolsa Escola e Bolsa Alimentação ajudou a reduzir a concentração de renda, porem com efeitos muito inferiores aos do fim da inflação.

A Era Lula (2003-2010)

A política econômica do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, baseada no câmbio flutuante e numa política monetária austera visando o controle da inflação, foi mantida no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e por enquanto não vemos nenhuma alteração no governo de Dilma Rousseff.

Do ponto de vista fiscal, o controle do superávit se deu através de um aumento substancial de arrecadação que contrabalanceou a significativa elevação nos gastos públicos. A unificação dos programas redistributivos sob o nome de bolsa família foi a principal bandeira do governo Lula.

Apesar das reduzidas taxas de crescimento, principalmente comparadas com as obtidas entre 1948 e 1979, houve uma significativa redução da desigualdade social no período entre 1990 e 2007 bem como uma melhora substancial em outros índices como os de escolaridade e de mortalidade infantil.

No fim da Era Lula, observou-se uma taxa de desemprego de apenas 5,7%. Por trás da expansão do emprego e da renda está um crescimento econômico que, apesar de alguns percalços, está acima da média do país, considerando a inflação sob controle.

Nos oito anos da Era Lula, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu a uma média anual de 4%, que podemos considerar um crescimento moderado.

Desafios

O mesmo crescimento que marcou os anos Lula e fez disparar o consumo no país também deixa alguns desafios à nova presidente, Dilma Rousseff.

Se por um lado coube a Lula tirar a economia do marasmo e dar poder de compra a milhões de brasileiros, Dilma Rousseff terá a tarefa de “aperfeiçoar” esse processo.

Dentre as prioridades estará a inflação, que está controlada, mas bem acima do que é considerado saudável para a economia.

Em 2011, a previsão era de 4,5% com uma tolerância de atá 2% para mais ou para menos. Fechamos o ano no limite da tolerância da meta estipulada pelo governo, ou seja, 6,5%.

Em 2012 temos ainda que acelerar os preparativos para os dois grandes eventos que ocorrerão em 2014 (Copa do Mundo de Futebol) e 2016 Olimpíadas no Rio de Janeiro.

Mantem-se como prioridade a muitos anos a Reforma Tributária e a Reforma Previdenciária que são mudança essenciais, mas que não conseguem avançar em suas negociações.

Outro desafio é dar estrutura ao nosso desenvolvimento, fornecendo educação tecnológica adequada as crescentes necessidades brasileiras. Desenvolver a exploração do Pré-Sal e de toda a cadeia de fornecedores.

Não são pequenos nem poucos os desafios para os próximos anos. As expectativas também são enormes. Mas visão que temos do futuro próximo, neste momento, é muito mais limpa. Isso indica que estamos caminhando na direção de correta e podemos aumentar a velocidade, buscando novos horizontes.


Introdução a Economia

O que estuda a economia? Qual a sua definição?

Definição dada pelo economista americano Paul Samuelson: “Economia é uma ciência social que estuda a administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos.”

Definição dada pelo economista brasileiro Prof. Antonio Delfim Netto: “Economia é a arte de pensar.”

Objetivo da Ciência Econômica é estudar a escassez.

Em economia tudo se resume a uma restrição quase que física – a lei da escassez, isto é, produzir o Maximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade.

Problemas econômicos básicos:

 – O que e Quanto produzir?

Como produzir?

Para quem produzir?

Fácil entender que: O QUE, QUANTO, COMO e PRA QUEM produzir não seriam problemas se os recursos utilizáveis fossem ilimitados. Na realidade existem ilimitadas necessidades e limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação. Baseada nessas restrições, a Economia deve optar dentre os bens a serem produzidos e os processos técnicos capazes de transformar os recursos escassos em produção.

Exemplo:   

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Lei Básica da Economia de Mercado: Lei da Oferta e da Demanda

O desejo dos indivíduos determinará a magnitude da demanda e a produção das empresas determinará a magnitude da oferta. O equilíbrio entre demanda e a oferta será sempre atingido pela flutuação do preço.

A partir dela, é possível descrever o comportamento preponderante dos consumidores na aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em função de quantidades e preços. Nos períodos em que a oferta de um determinado produto excede muito à procura, seu preço tende a cair. Já em períodos nos quais a demanda passa a superar a oferta, a tendência é o aumento do preço.

A estabilização da relação entre a oferta e a procura leva, em primeira análise, a uma estabilização do preço. Uma possível concorrência, por exemplo, pode desequilibrar essas relações, provocando alterações de preço.

 Imagem

 

Agentes Econômicos

Um agente econômico é qualquer entidade que pertence e atua num determinado sistema econômico. Pode ser uma pessoa individual, ou uma pessoa coletiva – (empresa, cooperativa, órgão governamental, etc.)

Os agentes econôminos são:

As Famílias – que têm o objetivo de satisfazer suas necessidades;

As Empresas – que têm o objetivo de maximizar seus lucros;

O Governo – q que tem o objetivo de ampliar o bem-estar social.

 

Economia Capitalista

Elementos da economia capitalista:

 – Capital: Não é apenas dinheiro. Capital é o conjunto de bens econômicos, tais como, máquinas, instrumentos, fábricas, terras, matérias-primas, prédios, carteiras, etc…

 – Propriedade privada: Nossa sociedade é chamada de capitalista porque o capital é propriedade privada de alguém, o capitalista. É através da propriedade que o capitalismo se apropria de parte da renda gerada nas atividades econômicas.

– Divisão do trabalho: Através da especialização e da divisão de tarefas, um determinado grupo de indivíduos pode produzir muito mais do que se cada indivíduo produzisse individualmente um determinado bem.

– Moeda: Instrumento de troca criado para substituir o escambo nas transações econômicas. A Moeda tem basicamente 4 funções:

  • Meio de troca: o que facilita os negócios;
  • Reserva de valor: por ser mais fácil na formação de poupança, transporte e divisão;
  • Unidade de conta: não é necessário se conhecer os valores relativos de todos os produtos entre si, basta conhecê-los em relação à moeda e a sua unidade monetária. Ex. Real, Dolar, Euro, etc…;
  • Padrão para pagamentos: utiliza-se a moeda para todos os pagamentos.

Para efeitos didáticos do estudo da Ciência Econômica, podemos dividir a teoria econômica em 4 grandes áreas:

a)      Macroeconomia (Equilíbrio da Renda Nacional)

Estuda as condições de equilíbrio estável entre renda e o gasto nacional. As políticas econômicas de intervenção procuram sempre estabelecer tal equilíbrio.

b)      Microeconomia (Teoria dos Preços)

Estuda a formação dos preços nos diversos mercados, a partir da ação conjunta da oferta e da demanda. Os preços constituem os sinais para o uso eficiente dos recursos escassos da sociedade e funciona como um elemento de exclusão.

c)      Desenvolvimento Econômico

Estuda o processo de acumulação dos recursos escassos e da geração de tecnologia capazes de aumentar a produção de bens e serviços para a sociedade.

d)     Economia Internacional

Estuda as condições de equilíbrio do comercio externo (importações e exportações), alem dos fluxos de capital.


Arrecadação do Governo Bate Recorde – R$ 969 bilhões em 2011

A arrecadação federal – que inclui impostos, contribuições e demais receitas do governo federal, como os royalties – somou R$ 969 bilhões no ano de 2011, o que representa um aumento real (após o abatimento da inflação) de 10,1% em relação ao ano anterior, segundo a Secretaria da Receita Federal.

Veja a lista de tributos (impostos, contribuições, taxas, contribuições de melhoria) existentes no Brasil:

    1. Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM – 

Lei 10.893/2004

  1. Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) – Lei 5.461/1968
  2. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT  – Lei 10.168/2000
  3. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também chamado “Salário Educação” – Decreto 6.003/2006
  4. Contribuição ao Funrural
  5. Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) – Lei 2.613/1955
  6. Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT)
  7. Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) – Lei 8.029/1990
  8. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) – Decreto-Lei 8.621/1946
  9. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) – Lei 8.706/1993
  10. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) – Lei 4.048/1942
  11. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) – Lei 8.315/1991
  12. Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) – Lei 9.403/1946
  13. Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) – Lei 9.853/1946
  14. Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP) – art. 9, I, da MP 1.715-2/1998
  15. Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) – Lei 8.706/1993
  16. Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados)
  17. Contribuição Confederativa Patronal (das empresas)
  18. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Combustíveis – Lei 10.336/2001
  19. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Remessas Exterior – Lei 10.168/2000
  20. Contribuição para a Assistência Social e Educacional aos Atletas Profissionais – FAAP – Decreto 6.297/2007
  21. Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública – Emenda Constitucional 39/2002
  22. Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional – CONDECINE – art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002
  23. Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública – art. 32 da Lei 11.652/2008.
  24. Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal)
  25. Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembléia do Sindicato que a instituir para seus associados, independentemente da contribuição prevista na CLT)
  26. Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS – Lei Complementar 110/2001
  27. Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
  28. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
  29. Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, etc.)
  30. Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc.
  31. Fundo Aeroviário (FAER) – Decreto Lei 1.305/1974
  32. Fundo de Combate à Pobreza – art. 82 da EC 31/2000
  33. Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) – Lei 5.070/1966 com novas disposições da Lei 9.472/1997
  34. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
  35. Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) – art. 6 da Lei 9.998/2000
  36. Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf) – art.6 do Decreto-Lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002
  37. Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) – Lei 10.052/2000
  38. Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
  39. Imposto sobre a Exportação (IE)
  40. Imposto sobre a Importação (II)
  41. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
  42. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
  43. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
  44. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR – pessoa física e jurídica)
  45. Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
  46. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
  47. Imposto sobre Transmissão Bens Inter-Vivos (ITBI)
  48. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
  49. INSS Autônomos e Empresários
  50. INSS Empregados
  51. INSS Patronal
  52. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
  53. Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP)
  54. Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro  
  55. Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação – Lei 10.870/2004
  56. Taxa de Avaliação da Conformidade – Lei 12.545/2011 – art. 13
  57. Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias – Decreto-Lei 1.899/1981
  58. Taxa de Coleta de Lixo
  59. Taxa de Combate a Incêndios
  60. Taxa de Conservação e Limpeza Pública
  61. Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA – Lei 10.165/2000
  62. Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos – Lei 10.357/2001, art. 16
  63. Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais)
  64. Taxa de Fiscalização da Aviação Civil – TFAC – Lei 11.292/2006
  65. Taxa de Fiscalização da Agência Nacional de Águas – ANA – art. 13 e 14 da MP 437/2008
  66. Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) – Lei 7.940/1989
  67. Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos – art. 50 da MP 2.158-35/2001
  68. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23
  69. Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro – TFPC – Lei 10.834/2003
  70. Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e Resseguro, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta – art. 48 a 59 da Lei 12.249/2010
  71. Taxa de Licenciamento Anual de Veículo – art. 130 da Lei 9.503/1997
  72. Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e Radioativos e suas instalações – Lei 9.765/1998
  73. Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
  74. Taxa de Pesquisa Mineral DNPM – Portaria Ministerial 503/1999
  75. Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de Manaus – Lei 9.960/2000
  76. Taxa de Serviços Metrológicos – art. 11 da Lei 9.933/1999
  77. Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
  78. Taxa de Outorga e Fiscalização – Energia Elétrica – art. 11, inciso I, e artigos 12 e 13, da Lei 9.427/1996
  79. Taxa de Outorga – Rádios Comunitárias  – art. 24 da Lei 9.612/1998 e nos art. 7 e 42 do Decreto 2.615/1998
  80. Taxa de Outorga – Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários – art. 77, incisos II e III, a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001
  81. Taxas de Saúde Suplementar – ANS  – Lei 9.961/2000, art. 18
  82. Taxa de Utilização do SISCOMEX – art. 13 da IN 680/2006
  83. Taxa de Utilização do MERCANTE – Decreto 5.324/2004
  84. Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
  85. Taxas Processuais do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE – art. 23 da Lei 12.529/2011
Ainda faltam nessa lista, o Laudêmio, Pedágios, Aforamento e Tarifas Públicas que não são considerados tributos.

Hoje somos a 5ª maior economia do mundo. Mas a realidade é que apesar do governo arrecadar muito, ainda gasta muito mal nosso dinheiro.

Basta percebermos que a maioria dos serviços públicos tem baixa qualidade e aí podemos incluir hospitais, universidades e empresas estatais que servem em grande parte como cabide de empregos para “profissionais” que não seriam assim considerados fora do serviço público.

Posso afirmar que quem mais sofrem com isso é a classe média. Além de pagar metade dessa conta da arrecadação, quando quer um serviço de melhor qualidade como saúde e educação dos filhos, acaba pagando caro por isso.

 

Lista de tributos – fonte: www.portaltributario.com.br


Parabéns aos Aprovados!

Parabéns a todos alunos aprovados!!!

Mais uma etapa cumprida!

Aproveitem as férias.

Vocês merecem!!!!


Perguntas do dia 07/11/2011

1 – Defina Tributo.

R:

2 – Qual a diferença entre Imposto e Taxa?

R:

3 – Qual a finalidade do Sistema Tributário Nacional?

R:


Sistema Tributário Nacional – 07/11/2011

Composição do Sistema Tributário

Tributo > é toda prestação pecuniária compulsória (obrigatória), em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, constituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa, plenamente vinculada;

O Sistema Tributário Nacional compõe-se de:

  • IMPOSTOS
  • TAXAS
  • CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
  • CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS
  • CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
  • EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

IMPOSTO >  é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal.

Competência Residual > é a permissão dada pela Constituição Federal à União para a criação de novos impostos.

Tipos de Impostos >

  • sobre o comércio exterior;
  • sobre o patrimônio e a renda;
  • sobre a produção e a circulação;
  • sobre operações relativas a combustíveis, lubrificantes, energia elétrica e minerais e impostos extraordinários.

TAXAS > podem ser criadas e exigidas ela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, mas limitados ao âmbito de suas respectivas atribuições.

  • têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público específico ou posto a sua disposição.

Tipos de Taxas >

  • taxas de polícia;
  • taxas de serviços.

CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA  >  podem ser criadas e exigidas pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal, no âmbito de suas respectivas atribuições, tendo em vista obras públicas de que decorram benefícios aos proprietários de imóveis;

CONTRIBUIÇÕES “PARAFISCAIS” > são certos tributos que ora são verdadeiros impostos, ora taxas, e às vezes, um misto destas duas categorias e que por delegação, são arrecadadas  por entidades beneficiárias. Ex.: as contribuições arrecadadas pelo INSS, pelos Sindicatos, pela OAB e outras entidades profissionais ou econômicas.

 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS > são tributos criados no caso de investimento público;  possuem natureza contratual.

Elementos Fundamentais >

  • discriminação das rendas tributárias –  é a partilha das rendas tributárias entre os membros autônomos da federação (União, Estado, DF e Municípios); é a outorga de competências (para legislar, arrecadar ou fiscalizar tributos) e estabelecimento de direitos de participação no produto da arrecadação;
  • repartição das receitas tributárias;
  • limitações constitucionais ao poder de tributar.

Poder Fiscal > é o poder que o Estado (Nação politicamente organizada) possui de criar tributos e exigi-los das pessoas que se encontrem em sua soberania nacional.

IMPOSTOS DA UNIÃO

IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO II. Cobrado sobre entrada de mercadorias estrangeiras  no país
IMPOSTO SOBRE EXPORTAÇÃO IE. Cobrado sobre saída de mercadorias nacionais ou nacionalizadas do país
IMPOSTO DE RENDA IR. Cobrado sobre renda e proventos de qualquer natureza
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI. Cobrado sobre produtos industrializados
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS IOF. Cobrado sobre operações de crédito, câmbio e seguro relativos a títulos ou valores mobiliários
IMPOSTO TERRITORIAL RURAL ITR. Cobrado sobre a propriedade territorial rural
IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS IGP. Depende de regulamentação
IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO Instituído num momento de necessidade eventual, como, por exemplo,  na iminência ou no caso de guerra externa. Porém  este imposto desaparecerá.
IMPOSTO RESIDUAL Pode ser instituído, porém não pode ter fato gerador ou base cálculo próprios daquelas discriminados na Constituição Federal

IMPOSTOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL

IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL ICMS – cobrado sobre circulação de mercadorias e sobre serviços de transporte interestadual e intermunicipal.
IPVA IPVA – Cobrado sobre a propriedade de veículos automotores. COnsiste num tributo patrimonial sobre veículos, proporcional à data de fabricação do carro e ao seu valor de mercado cobrado anualmente
ITCMD ITCMD – Cobrado sobre transmissão “causa mortis” e doação. Seu fato gerador é a transmissão “causa mortis” de imóveis e a doação de quaisquer bens de direitos.

IMPOSTOS MUNICIPAIS

IMPOSTO TERRITORIAL URBANO IPTU – Cobrado sobre a propriedade predial e territorial urbana. O fator gerador é a propriedade, condomínio útil ou a posse de bem imóvel em zona urbana. Pode ser progressivo.
IMPOSTO TRANSMISSÃO “INTER VIVOS” ITIV – cobrado sobre a transmissão inter vivos de imóveis. O imposto é devido na aquisição por usucapião.
IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA ISS – O fato gerador é a prestação de serviço por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, tendo por base de cálculo o preço do serviço.

Microeconomia / Teoria da Firma / Teoria dos Custos – 31/10/2011

Teoria da Firma / Teoria da Produção

Conceitos Fundamentais

Firma ou empresa: a unidade básica de produção de bens ou prestação de serviços.

Processo produtivo: consiste na combinação de fatores de produção (terra, trabalho, capital) e demais insumos, para resultar num bem ou serviço (chamado de produto).

Empresário: responsável pelas decisões sobre a produção – quais produtos serão gerados, quais métodos e técnicas serão utilizados, qual a combinação de fatores de produção será adotada. Para simplificar, adotamos o modelo do empresário-proprietário (distinto do executivo contratado). O primeiro é dono do capital e pode obter lucro ou prejuízo, isto é, corre riscos.

Curto prazo: no processo produtivo, o curto prazo é aquele período de tempo no qual pelo menos um dos fatores de produção é fixo. Ou seja, quando consideramos uma fazenda ou sítio, a terra, por exemplo, não será ampliada em extensão (o que envolveria novos investimentos). Numa fábrica ou oficina, o capital físico (máquinas, instalações) também será constante, podendo variar o fator trabalho e as matérias-primas, energia, etc.

Longo prazo: considera-se aqui um período mais amplo de tempo, no qual todos os fatores são considerados variáveis.

Função de produção: é a relação matemática que expressa as quantidades dos diversos insumos necessárias à produção de uma unidade do bem final. De forma alternativa, também pode ser entendida como a quantidade máxima do bem final, que se obtém com o uso de quantidades definidas dos fatores de produção. Seu formato geral é:

Q = f (N, T, K)

Q = quantidade do bem final

N = recursos naturais utilizados (o fator terra, ou natureza)

T = quantidades de trabalho utilizadas

K = quantidades de capital utilizadas

Em geral, com a tecnologia disponível em cada momento, há mais de uma função de produção possível para cada bem ou serviço que se deseja produzir. A alternativa mais conhecida é aquela que combina muito trabalho e pouco capital (máquinas) ou muito capital e pouco trabalho. Cabe ao empresário a definição da função de produção mais adequada. Essa decisão corresponde à resposta à pergunta “Como produzir?”, mencionada na Aula 1 (reveja).

O empresário tomará essa decisão baseado no critério de eficiência. Há duas conotações diferentes para esse termo:

eficiência técnica: significa o máximo de produto físico possível usando o mínimo de quantidade física possível de fatores de produção. Ou seja, entre dois métodos, aquele que permite a obtenção da mesma quantidade do bem final com o uso de menores quantidades de todos ou de pelo menos um dos fatores de produção; é o mais eficiente em termos técnicos;

eficiência econômica: neste conceito, devemos considerar os preços dos fatores de produção. Será mais eficiente em termos econômicos aquele método que representar menor custo de produção para produzir o mesmo volume de bens finais. O método mais eficiente em termos econômicos pode divergir daquele mais eficiente em termos técnicos, porque os preços dos fatores variam diferentemente entre si. Talvez o uso do fator trabalho em maior escala não seja tecnicamente mais eficiente, mas economicamente pode ser que sim, se o trabalho se desvalorizar ou se o capital se valorizar mais que aquele fator.

O critério da eficiência econômica é o que irá pesar na decisão do empresário sobre a melhor função de produção para sua empresa, dada a escolha do produto.

Receita, Custo e Lucro

O objetivo de toda firma, numa economia de mercado, é o lucro. Ignoraremos aqui as organizações sem fins lucrativos e o governo, tomando somente as empresas que visam lucro.

Por definição, os lucros são obtidos pela diferença entre a Receita Total da empresa e seus Custos Totais. No caso da receita, basta multiplicar a quantidade total de produtos vendidos por período de tempo (mês, ano) por seus preços. Assim, RT = Q x P.

Já no tocante aos custos, os economistas têm uma apreciação diferente dos contabilistas. Estes últimos consideram custos apenas as despesas efetivamente incorridas para realizar as atividades da empresa. Para os economistas, estes custos (explícitos) são somente uma parte do total. Há custos implícitos que devem ser computados.

Chamamos custo de oportunidade os custos representados pelo que se deixa de ganhar de um lado para poder ganhar de outro. Se você resolver guardar dinheiro para abrir um negócio, no momento de retirar esse dinheiro para iniciar de fato as atividades, você estará perdendo a remuneração da aplicação financeira em que estava posicionado. Esse é o custo de oportunidade de seu novo negócio.

Ele deve ser acrescentado aos custos explícitos (aluguel, compra de materiais etc.) para obter-se o custo total.

Na maioria das atividades produtivas, há um custo pelo uso da terra: na agricultura, o aumento ou queda da produção não influenciará a cada momento o dispêndio com novas glebas, o qual será constante.

Se a terra for alugada, o valor do aluguel tampouco se altera com as mudanças na produção. Na área urbana – cujas atividades típicas são a indústria, o comércio e os serviços -, além do custo de aquisição ou aluguel de terrenos, há também o custo das edificações, próprias (depreciação) ou alugadas.

O mesmo vale para o maquinário: não se altera em curto prazo e tem custos fixos de manutenção e depreciação. Há, ainda, custos fixos ligados à área administrativa. Todos esses custos são, de certa forma, independentes do volume de produção. A rigor, mesmo com produção zero, o empresário incorrerá neles.

Pense numa fábrica de jeans, ou num escritório de informática. Parece claro que, se a demanda aumentar, o empresário contratará mais mão-de-obra direta (aquela que é utilizada na atividade-fim da empresa): operários têxteis no primeiro exemplo, digitadores, programadores e analistas no segundo. Mas, e quanto ao setor administrativo (Deptos. de Pessoal, Financeiro, Almoxarifado, Serviços Gerais)?

Aumentará e diminuirá de acordo com os movimentos da produção? Óbvio que não.

Isso somente ocorrerá se a escala geral da empresa aumentar em caráter mais definitivo (e, nesta hipótese, provavelmente o terreno, as instalações físicas e o maquinário também terão que ser ampliados). Essa situação caracteriza o longo prazo – não o curto prazo, no qual um ou alguns fatores são fixos

No curto prazo, costumam variar a mão-de-obra direta, as matérias-primas, a energia, o combustível utilizado e alguns outros fatores relacionados ao volume da produção. Porém, terra, maquinário, instalações físicas, serviços administrativos e gerais costumam ser fixos – não variam com os fluxos da produção. Isto altera as noções de custo que vimos até o momento.

Precisamos separar o Custo Total em Custo Fixo e Custo Variável.

Custo fixo é o que ocorre independentemente do ato produtivo (venda), e desse modo são entendidos todos os custos suportados para que a empresa se encontre apta a funcionar: aluguel, impostos prediais, depreciações, vigilância, despesas administrativas.

Custo variável é o que ocorre à medida que a  produção (venda) se desenvolve, como a matéria prima, a mão de obra, custo dos produtos vendidos e, quase sempre, comissões, impostos sobre as vendas.

O custo fixo e o custo variável têm conceitos antagônicos,  numa situação é constante e na outra varia, e vice-versa; pode ser visualizado da seguinte forma:

Espécie de custo

   Em relação à variação do volume

 Fixo

Não varia

 Variável

 Varia proporcionalmente ao volume 

Teoria dos Custos

Comportamento dos Custos de Produção no Curto Prazo

O exemplo numérico que exporemos a seguir reflete, de maneira bastante simplificada, a visão que os economistas têm sobre o comportamento dos custos de produção no curto prazo.

Numa determinada empresa (Cia. ALPHA), em que o volume mensal de produção possível varia entre zero e dez unidades, o comportamento dos custos está representado na planilha abaixo

Se a empresa nada produzir, ela terá $ 15,00 de custo fixo. Se ela fabricar uma unidade do produto, seu custo total será de $ 17,00 correspondente à soma de $ 15,00 do custo fixo com o custo variável de $ 2,00. Caso a empresa produza duas unidades, o custo total aumenta para $ 18,50 pois, embora o custo fixo permaneça em $ 15,00, o custo variável da fabricação aumenta para $ 3,50. Da mesma forma, a produção de três unidades eleva o custo total para $ 19,50, pois o custo variável correspondente é de $ 4,50, e assim por diante. A produção máxima de 10 unidades implica um custo total de $ 52,50 ($ 37,50 de custo variável mais $ 15,00 de custo fixo).

Break-Even Point – Ponto de Equilíbrio

O objetivo de toda empresa, numa economia de mercado, é o lucro. Este, por definição, é a diferença entre a Receita total e o Custo total. Qual será o ponto que maximiza o lucro da empresa?

O raciocínio é simples: enquanto a próxima unidade produzida e vendida trouxer um acréscimo de receita maior que o custo de produção dessa unidade, haverá um crescimento do lucro total da empresa. Em outras palavras, enquanto a Receita Marginal for superior ao Custo Marginal, o lucro total aumentará. A receita é o produto da quantidade vendida pelo preço de mercado, ou seja,

RT = P x Q

Nessas condições, estamos supondo que o produtor não influencia o preço de mercado. Ou seja, estamos trabalhando com o modelo da concorrência perfeita (reveja a aula anterior). Assim, o preço é fixo, o que faz com que a Receita Marginal seja constante (a empresa receberá pela próxima unidade o mesmo que recebeu pela última). Por sua vez, o Custo Marginal apresenta tendência crescente, a partir da manifestação da Lei dos Rendimentos Decrescentes. Desta forma, a quantidade em que o Custo Marginal se iguala à Receita Marginal representa o ponto de lucro máximo da empresa. Quantidades menores que essa implicam em que há espaço para ganhar lucros adicionais com o aumento da produção e das vendas; quantidades superiores a essa trarão um Custo Marginal maior que a Receita Marginal, reduzindo o lucro total da empresa. Podemos ver esse processo no gráfico abaixo:

A quantidade qe maximiza o lucro da empresa, ao igualar a receita marginal e o custo marginal. Qualquer quantidade à sua esquerda significa lucros menores, pois ainda há espaço para obter RMg > CMg. Qualquer ponto à direita de qe trará prejuízo, reduzindo o lucro total da empresa.

Agora, vamos buscar o extremo oposto, isto é, o ponto abaixo do qual a empresa fechará as portas. Rigorosamente, esse ponto é o que apresenta lucro zero. Neste ponto, a receita da empresa cobre inteiramente os seus custos, sem nenhuma sobra, ou seja:

LT = 0           –>           RT – CT = 0           –>           RT = CT

Ponto de equilíbrio nada mais é do que o valor que a empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas.  No Ponto de Equilíbrio, a empresa não terá lucro nem prejuízo.

Atualmente na busca da competitividade é fundamental que as empresas conheçam o seu Ponto de Equilíbrio, para tanto, precisam desenvolver essa ferramenta gerencial.

Como já sabemos a diferença entre custo fixo e variável, resta-nos esclarecer o que é Margem de Contribuição:

Chamamos de margem de Contribuição a diferença entre Vendas totais e Custos Variáveis totais.

Exemplo: Vendas totais 100,00 (menos) custos variáveis totais  70,00  =  margem  30,00 .

(100,00 – 70,00) = 30,00 / 100 = 30% (margem em percentual)

São poucas as pequenas organizações empresariais que sabem quais as quantidades mínimas de produtos a serem produzidos ou vendidos para que obtenham resultados positivos, e isto ocorre porque muitas não enxergam o Ponto de Equilíbrio como uma técnica muito útil, de fácil aplicação e outros até mesmo por desconhecê-lo.

Não existe Ponto de Equilíbrio que se possa afirmar ser o ideal. Ele deve ser o mais baixo possível. Quando menor o ponto de equilíbrio, mais segurança para a empresa não entrar na área de prejuízo.

Há várias formas de se  calcular o Ponto de Equilíbrio, usaremos a mais tradicional, onde, conforme o explicado anteriormente, o valor das receitas iguala-se ao das despesas.

O Ponto de Equilíbrio é o quociente simples da divisão dos valores dos custos e despesas fixas pela margem de contribuição.

Exemplo:

 Vendas Totais 100,00

Custos Variáveis Totais  70,00

% margem de contribuição = 30,00     ou    30%

Valor total dos Custos e Despesas Fixas =  15,00

PE = (Custos e Despesas fixas / % margem)

PE  =   15,00 / 30% =  50,00

Dados acima

Ponto de Equilíbrio

Vendas totais

100,00

100,00%

50,00

100,00%

(-) Custos  Variáveis totais

70,00

70,00%

35,00

70,00%

(=) Margem de Contribuição

30,00

30,00%

15,00

30,00%

(-) Custo Fixo Total

15,00

15,00%

15,00

30,00%

(=) Lucro

15,00

15,00%

0,00

0,00%

 Como podemos observar no exemplo, vendendo 100,00, teremos um lucro de 15,00. Se vendermos apenas 50,00, que é o Ponto de Equilíbrio, não teremos lucro nem prejuízo.


Perguntas do dia 24/10/2011

1 – Defina Microeconomia

R:

2 – Como se divide a Microeconomia?

R:

3 – O que estuda a Teoria do Consumidor?

R:


Microeconomia / Teoria do Consumidor

Microeconomia

A Microeconomia é definida como um problema de alocação de recursos escassos em relação a uma série possível de fins. Os desdobramentos lógicos desse problema levam ao estudo do comportamento econômico individual de consumidores, e firmas bem como a distribuição da produção e rendimento entre eles. A Microeconomia é considerada a base da moderna teoria econômica, estudando suas relações fundamentais.

As famílias são consideradas fornecedores de trabalho e capital e demandantes de bens de consumo. As firmas são consideradas demandantes de trabalho e fatores de produção e fornecedoras de produtos.

Os consumidores maximizam a utilidade a partir de um orçamento determinado. As firmas maximizam lucro a partir de custos e receitas possíveis.

A microeconomia procura analisar o mercado e outros tipos de mecanismos que estabelecem preços relativos entre os produtos e serviços, alocando de modos alternativos os recursos dos quais dispõe determinados indivíduos organizados numa sociedade.

A microeconomia preocupa-se em explicar como é gerado o preço dos produtos finais e dos fatores de produção num equilíbrio, geralmente perfeitamente competitivo. Divide-se em:

Teoria do Consumidor: Estuda as preferências do consumidor analisando o seu comportamento, as suas escolhas, as restrições quanto a valores e a demanda de mercado. A partir dessa teoria se determina a curva de demanda.

Teoria da Firma: Estuda a estrutura econômica de organizações cujo objetivo é maximizar lucros. Organizações que para isso compram fatores de produção e vendem o produto desses fatores de produção para os consumidores. Estuda estruturas de mercado tanto competitivas quanto monopolísticas. A partir dessa teoria se determina a curva de oferta.

Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação de fatores adquiridos pela empresa em produtos finais para a venda no mercado. Estuda as relações entre as variações dos fatores de produção e suas conseqüências no produto final. Determina as curvas de custo, que são utilizadas pelas firmas para determinar o volume ótimo de oferta.

A Microeconomia, ou teoria dos preços, analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em mercados específicos.

Assim, enquanto a Macroeconomia enfoca o comportamento da Economia como um todo, considerando variáveis globais como consumo agregado, renda nacional e investimentos globais, a análise microeconômica preocupa-se com a formação de preços de bens e serviços (por exemplo, soja, automóveis) e de fatores de produção (salários, aluguéis, lucros) em mercados específicos.

A teoria microeconômica não deve ser confundida com a economia de empresas pois tem enfoque distinto. A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço no mercado, isto é, o preço obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço.

Do ponto de vista da economia de empresas, que estuda uma empresa específica, prevalece a visão contábil-financeira na formação do preço de venda de seu produto, baseada principalmente nos custos de produção, enquanto na Microeconomia predomina a visão do mercado

Teoria do Consumidor

A Teoria do Consumidor, ou Teoria da Escolha, é uma teoria microeconômica, que busca descrever como os consumidores tomam decisões de compra e como eles enfrentam os tradeoffs* e as mudanças em seu ambiente. Os fatores que influenciam as escolhas dos consumidores estão basicamente ligados à sua restrição orçamentária e preferências.

Os principais instrumentos para a análise e determinação de consumo são a curva de indiferença e a restrição orçamentária.

Para a Teoria do Consumidor, as pessoas escolhem obter um bem em detrimento do outro em virtude da utilidade que ele lhe proporciona.

*Trade-off ou tradeoff é uma expressão que define uma situação em que há conflito de escolha. Ocorre quando se abre mão de algum bem ou serviço distinto para se obter outro bem ou serviço distinto.


Mercado de Trabalho

A atividade econômica e o comportamento do mercado de trabalho

Regra geral, em períodos longos, o crescimento econômico conduz a um crescimento dos principais indicadores do mercado de trabalho. Os salários reais sobem, pois, como crescimento, mais bens são colocados a disposição da coletividade, assim como o nível de produtividade do trabalho é maior. Nenhuma inferência, contudo, pode ser extraída com relação à distribuição de renda. O emprego cresce porque ampliam-se as oportunidades de trabalho, seja pelo surgimento de novas ocupações, seja pelo aumento de novas vagas em firma já instalada. \a produtividade cresce porque, regra geral, utiliza maior quantidade de capital ou instrumentos de trabalho tecnologicamente mais avançados por unidade de trabalho. Além disso, os trabalhadores educam-se e treinam-se tornado-se mais eficientes. A rotatividade cresce com a ampliação das oportunidades de emprego, os trabalhadores têm maiores chances de mobilidade ocupacional e/ou entre firmas, ou mesmo buscam maior salário na mesma ocupação.

Pesquisa Mensal de Emprego

A PME é uma pesquisa de periodicidade mensal sobre mão-de-obra e rendimento do trabalho.

Os dados são obtidos de uma amostra probabilística de, aproximadamente, 38.500 domicílios situados nas Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Os dados referem-se a determinados períodos de tempo denominados Períodos de referência – os mais importantes são:

  • Semana de referência
    Semana de domingo a sábado, que precede a semana para a realização da entrevista.
  • Período de referência de 30 dias
    São os 30 dias que antecedem a semana fixada para a entrevista.
  • Mês de referência
    Aquele que antecede ao mês de realização da pesquisa. Os dados divulgados são relativos às pessoas de 15 anos e mais de idade e à semana de referência, com exceção da taxa de desemprego aberto que é divulgada também para o período de 30 dias e dos rendimentos que são relativos ao mês de referência da pesquisa.

2. Conceitos Principais

Introdução

A pesquisa segue as recomendações da Organização Internacional do Trabalho e objetiva produzir resultados que facilitem a análise de sua série em conjunto com as contas nacionais e que viabilizem a comparação a nível internacional.

Assim, os procedimentos metodológicos visam separar os indivíduos que trabalham daqueles que não trabalham (os que procuram trabalho e os inativos).

O conceito fundamental é o de trabalho: significa a ocupação econômica remunerada em dinheiro, produtos ou outras formas não monetárias, ou a ocupação econômica sem remuneração, exercida pelo menos durante 15 horas na semana, em ajuda a membro da unidade domiciliar em sua atividade econômica, ou a instituições religiosas beneficentes ou em cooperativismo ou, ainda, como aprendiz ou estagiário. Para os indivíduos que trabalham investiga-se a ocupação, o ramo de atividade, a posição na ocupação, a existência de mais de um trabalho, o rendimento efetivamente recebido no mês anterior, o número de horas efetivamente trabalhadas, etc.

Para os indivíduos que procuram trabalho investiga-se a providência tomada, o tempo de procura, se trabalharam antes com ou sem remuneração, a ocupação, o ramo de atividade e a posição na ocupação do último trabalho. Para os inativos, se procuraram trabalho no período de referência de 30 ou 60 dias.

Conceitos População em Idade Ativa

Compreende as população economicamente ativa e a população não economicamente ativa.

I) População Economicamente Ativa

Compreende o potencial de mão-de-obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população ocupada e a população desocupada, assim definida: população ocupada – aquelas pessoas que, num determinado período de referência, trabalharam ou tinham trabalho mas não trabalharam (por exemplo, pessoas em férias).

As pessoas ocupadas são classificadas em:

  1. Empregados – aquelas pessoas que trabalham para um empregador ou ou mais, cumprindo uma jornada de trabalho, recebendo em contrapartida uma remuneração em Dinheiro ou outra forma de pagamento (moradia, alimentação, vestuário, etc.).

Incluem- se, entre as pessoas empregadas, aquelas que prestam serviço militar obrigatório e os clérigos.

Os empregados são classificados segundo a existência ou não de carteira de trabalho assinada.

  1. Conta Própria – aquelas pessoas que exploram uma atividade econômica ou exercem uma profissão ou ofício, sem empregados.
  2. Empregadores – aquelas pessoas que exploram uma atividade econômica ou exercem uma profissão ou ofício, com auxílio de um ou mais empregados.
  3. Não Remunerados – aquelas pessoas que exercem uma ocupação econômica, sem remuneração, pelo menos 15 horas na semana, em ajuda a membro da unidade domiciliar em sua atividade econômica, ou em ajuda a instituições religiosas, beneficentes ou de cooperativismo, ou, ainda, como aprendiz ou estagiário.

População Desocupada – aquelas pessoas que não tinham trababalho, num determinado período de referência, mas estavam dispostas a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma providência efetiva (consultando pessoas, jornais, etc.).

II) População Não Economicamente Ativa

As pessoas não classificadas como ocupadas ou desocupadas.

Rendimento do Trabalho

Para os empregados, considera-se a remuneração efetivamente recebida no mês de referência.

Assim sendo, incluem-se as parcelas referentes ao 13º, 14º, 15º salários e a participação nos lucros paga pela empresa, ou outra gratificação, no mês de referência. Para os empregadores e para as pessoas que trabalham por conta própria considera-se a retirada feita ou o ganho líquido recebido efetivamente no mês de referência.

Define-se como ganho líquido o rendimento bruto menos as despesas efetuadas com o negócio ou profissão (salário de empregados, despesas com matéria-prima, energia elétrica, telefone, etc.).

Para a pessoa que recebe, pelo seu trabalho, em produtos ou mercadorias, considera-se o valor de mercado dos produtos recebidos.

Para a pessoa que estiver licenciada por instituto de previdência, considera-se o rendimento bruto do benefício (auxílio-doença, auxílio por acidente de trabalho, etc.), efetivamente recebido no mês de referência.

3. Indicadores

A partir dos dados levantados pela pesquisa, são gerados mensalmente vários indicadores, como: Taxa de Desemprego Aberto – relação entre o número de pessoas desocupadas (procurando trabalho) e o número de pessoas economicamente ativas num determinado período de referência.

  1. Taxa de Desemprego Aberto – pessoas que nunca trabalharam – relação entre o número de pessoas desocupadas que nunca trabalharam e o número de pessoas economicamente ativas, num determinado período de referência.
  2. Taxa de Desemprego Aberto – pessoas que já trabalharam – relação entre o número de pessoas desocupadas que trabalharam e o número de pessoas economicamente ativas, num determinado período de referência.
  3. Taxa de Desemprego Aberto por Setor de Atividade – relação entre o número de pessoas desocupadas cujo último trabalho foi num determinado setor (indústria de transformação, comércio, construção civil, serviços ou outras atividades) e o número de pessoas economicamente ativas no respectivo setor, num determinado período de referência.

Taxa de Atividade – relação entre o número de pessoas economicamente ativas e o número de pessoas em idade ativa num determinado período de referência.

Proporção de Pessoas Ocupadas por Setor de Atividade – relação entre o número de pessoas ocupadas num determinado setor (indústria de transformação, comércio, construção civil, serviços ou outras atividades) e o número de pessoas ocupadas, num determinado período de referência.

Proporção de Pessoas Ocupadas por Posição na Ocupação – relação entre o número de pessoas ocupadas em cada posição (empregados com ou sem carteira assinada conta própria e empregadores) e o número de pessoas ocupadas, num determinado período de referência.

4. Sazonalidade dos Indicadores Alguns indicadores da Pesquisa Mensal de Emprego apresentam movimentos tipicamente sazonais, como, por exemplo, a diminuição do número de pessoas desocupadas (procurando trabalho) no último trimestre do ano e o aumento dos rendimentos médios reais no mês de dezembro, Devido ao recebimento do 13º salário e gratificações normais nesta época do ano.

Dados da Pesquisa Mensal de Emprego

IBGE – PIA – São Paulo

População em Idade Ativa (1.000 pessoas) – São Paulo

Sexo

out 2009

nov 2009

dez 2009

jan 2010

fev 2010

mar 2010

Total

16.547

16.551

16.623

16.687

16.702

16.763

Homem

7.737

7.728

7.787

7.834

7.857

7.864

Mulher

8.810

8.822

8.836

8.853

8.845

8.899

População em Idade Ativa (1.000 pessoas) – São Paulo

Idade

out 2009

nov 2009

dez 2009

jan 2010

fev 2010

mar 2010

Total

16.546

16.552

16.623

16.687

16.702

16.763

10 a 14 anos

1.513

1.519

1.501

1.502

1.484

1.487

15 a 17 anos

914

936

921

932

930

945

18 a 24 anos

2.256

2.211

2.189

2.141

2.149

2.164

25 a 49 anos

7.281

7.234

7.313

7.335

7.389

7.380

50 anos ou mais

4.582

4.652

4.699

4.777

4.750

4.787

IBGE – PEA – São Paulo

População Economicamente Ativa (1.000 pessoas) – São Paulo

Sexo

out 2009

nov 2009

dez 2009

jan 2010

fev 2010

mar 2010

Total

9.896

9.882

9.911

9.854

9.887

9.937

Homem

5.324

5.292

5.327

5.306

5.349

5.376

Mulher

4.573

4.590

4.585

4.548

4.538

4.561

População Economicamente Ativa (1.000 pessoas) – São Paulo

Idade

out 2009

nov 2009

dez 2009

jan 2010

fev 2010

mar 2010

Total

9.896

9.882

9.912

9.854

9.886

9.936

10 a 14 anos

18

23

25

12

14

21

15 a 17 anos

222

232

201

196

198

209

18 a 24 anos

1.793

1.741

1.723

1.654

1.674

1.704

25 a 49 anos

5.997

5.961

6.018

6.007

6.053

6.049

50 anos ou mais

1.866

1.925

1.945

1.985

1.947

1.953

Taxa de Atividade (%) – São Paulo

Sexo

out 2009

nov 2009

dez 2009

jan 2010

fev 2010

mar 2010

Total

59,8

59,7

59,6

59,1

59,2

59,3

Homem

68,8

68,5

68,4

67,7

68,1

68,4

Mulher

51,9

52,0

51,9

51,4

51,3

51,3

Taxa de Atividade (%) – São Paulo

Idade

out 2009

nov 2009

dez 2009

jan 2010

fev 2010

mar 2010

10 a 14 anos

1,2

1,5

1,7

0,8

1,0

1,4

15 a 17 anos

24,3

24,8

21,8

21,0

21,3

22,1

18 a 24 anos

79,5

78,8

78,7

77,3

77,9

78,7

25 a 49 anos

82,4

82,4

82,3

81,9

81,9

82,0

50 anos ou mais

40,7

41,4

41,4

41,6

41,0

40,8

IBGE – Rendimentos – São Paulo

Rendimento Médio Nominal Habitualmente Recebido no Trabalho Principal (Reais) – São Paulo

Variáveis

out 2009

nov 2009

dez 2009

jan 2010

fev 2010

mar 2010

das Pessoas Ocupadas

1.489,10

1.508,20

1.504,40

1.520,50

1.535,40

1.552,40

dos Trabalhadores por Conta Própria

1.368,80

1.363,70

1.422,10

1.419,40

1.419,80

1.419,60

dos Empregados no Setor Privado – com Carteira de Trabalho assinada

1.456,80

1.503,80

1.472,40

1.462,00

1.515,90

1.486,40

dos Empregados no Setor Privado – sem Carteira de Trabalho assinada

1.037,40

1.042,80

1.052,30

1.050,40

1.174,40

1.213,60

dos Empregados no Setor Público

2.074,40

2.041,70

2.083,80

2.139,80

2.013,90

2.149,40

Rendimento Médio Nominal Efetivamente Recebido no Trabalho Principal (Reais) – São Paulo

Variáveis

set 2009

out 2009

nov 2009

dez 2009

jan 2010

fev 2010

das Pessoas Ocupadas

1.478,60

1.498,80

1.648,30

1.823,40

1.523,50

1.538,30

dos Trabalhadores por Conta Própria

1.355,00

1.330,00

1.431,60

1.420,90

1.373,80

1.393,30

dos Empregados no Setor Privado – com Carteira de Trabalho assinada

1.446,60

1.494,80

1.698,00

1.935,60

1.515,70

1.482,50

dos Empregados no Setor Privado – sem Carteira de Trabalho assinada

1.004,00

1.022,30

1.072,20

1.122,10

1.148,10

1.178,00

dos Empregados no Setor Público

2.065,20

2.042,40

2.378,90

2.765,60

2.014,00

2.146,90

Rendimento Médio Real Habitualmente Recebido no Trabalho Principal (Reais) – São Paulo

Variáveis

out 2009

nov 2009

dez 2009

jan 2010

fev 2010

mar 2010

das Pessoas Ocupadas

1.538,51

1.553,42

1.544,87

1.537,58

1.542,31

1.552,40

dos Trabalhadores por Conta Própria

1.414,21

1.404,59

1.460,36

1.435,34

1.426,19

1.419,60

dos Empregados no Setor Privado – com Carteira de Trabalho assinada

1.505,13

1.548,89

1.512,01

1.478,42

1.522,72

1.486,40

dos Empregados no Setor Privado – sem Carteira de Trabalho assinada

1.071,82

1.074,07

1.080,61

1.062,20

1.179,68

1.213,60

dos Empregados no Setor Público

2.143,22

2.102,92

2.139,86

2.163,83

2.022,96

2.149,40

Rendimento Médio Real Efetivamente Recebido no Trabalho Principal (Reais) – São Paulo

Variáveis

set 2009

out 2009

nov 2009

dez 2009

jan 2010

fev 2010

das Pessoas Ocupadas

1.531,48

1.548,53

1.697,72

1.872,46

1.540,61

1.545,22

dos Trabalhadores por Conta Própria

1.403,46

1.374,13

1.474,53

1.459,13

1.389,23

1.399,57

dos Empregados no Setor Privado – com Carteira de Trabalho assinada

1.498,33

1.544,39

1.748,91

1.987,68

1.532,72

1.489,17

dos Empregados no Setor Privado – sem Carteira de Trabalho assinada

1.039,90

1.056,22

1.104,35

1.152,29

1.160,99

1.183,30

dos Empregados no Setor Público

1.981,41

2.143,22

2.102,92

2.139,86

2.163,83

2.022,96

Fonte: //seriesestatisticas.ibge.gov.br/

Fonte: //www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/defaulttab_hist.shtm


Trabalho para o dia 28/11/2011

1 – Escolha um dos seguintes temas:

  • BOVESPA
  • BNDES
  • PAC

2 – Escreva sobre o tema respondendo as seguintes questões:

  1. Oque é?
  2. Pra que serve?
  3. Quem utiliza? Quais as pessoas envolvidas?
  4. Como funciona?
  5. Quanto dinheiro movimenta?
  6. Qual a sua importância?
  7. Conclusão: Qual sua opinião?

Não precisa limitar-se a essas questões, elas são o mínimo.
A parte mais importante é a sua opinião pessoal.

3 – Data de entrega: 28/11/2011


Perguntas do dia 03/10/2011

1 – Quais as 3 categorias de preços compõem o IGP?

R:

2 – Qual a principal função do IGPM?

R:


Índices de Inflação

Principais Índices de Inflação

Índice Geral de Preços do IBGE (IGP)

Começou a ser calculado em 1947, comparando preços do mês anterior com os do mês corrente, coletados em 18 capitais. Há três grupos de preços: os de produtos no atacado, baseado numa amostragem de cerca de 500 mercadorias, com 60 por cento de peso no índice final; o de preços ao consumidor, com base nas compras de famílias com renda de1 a33 salários mínimos, entra com 30 por cento; preços da construção civil, com 10 por cento de peso baseado em planilhas de custo de empresas de engenharia. Um dos menos precisos índices, justamente pela sua abrangência, num quadro muito dispersivo de inflação. É divulgado em duas versões uma contendo apenas os preços do que é produzido internamente,(disponibilidade interna)e outra incluindo preços de importações.

Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) da FGV

Criado a pedido da Federação dos Bancos com uma cláusula que impede sua modificação pelo governo e tinha como função, servir de corretor de contratos bancários aplicável já no dia 30 do mês em curso. É o primeiro a ser divulgado e tem como base os mesmos preços e a mesma ponderação do IGP, mas do dia 20 do mês anterior ao 20 do mês em questão.

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (FGV)

Os Índices Gerais de Preços da Fundação Getulio Vargas foram divulgados pela primeira vez em novembro de 1947, no número de estréia da Revista Conjuntura Econômica. Desde então registram as variações de preços de matérias-primas agropecuárias e industriais, de produtos intermediários e de bens e serviços finais.

Apresentam-se em três versões: Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). A diferença entre eles está no período de coleta das informações para cálculo do índice. O quadro a seguir compara o período de referência de cada versão do IGP. Os preços coletados em cada período são comparados aos levantados nos 30 dias imediatamente anteriores:

  • Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10)
  • Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)
  • Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).

A diferença entre eles está no período de coleta das informações para cálculo do índice. O quadro a seguir compara o período de referência de cada versão do IGP. Os preços coletados em cada período são comparados aos levantados nos 30 dias imediatamente anteriores:

Períodos de Coleta de Preços

Mês Anterior

Mês de Referência

11 21 01   10   20 30

IGP – 10

IGP – M

IGP – DI

O IGP-10 mede a evolução de preços no período compreendido entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. A série do IGP-10 teve início em 1993. O IGP-M é coletado entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. Sua série começa em 1989.

O IGP-DI é coletado entre o primeiro e o último dia do mês de referência. A série histórica retroage a 1944.

O IGP-M, diferentemente das demais versões, conta com um sistema de apurações prévias divulgadas antes do fechamento mensal. Essas prévias apresentam resultados parciais do índice com base na coleta realizada em períodos de dez dias.

A primeira prévia, divulgada com a denominação de primeiro decêndio, calcula as variações obtidas a partir das informações colhidas no período de21 a30 do mês anterior ao de referência, comparadas às levantadas ao longo dos trinta dias anteriores. A segunda prévia expande o período de coleta para 21 do mês anterior a 10 do mês de referência, apresentando resultados cumulativos. A terceira apuração é o próprio IGP-M.

Índice Quadrissemanal de Preços ao Consumidor da FIPE

Típico de uma economia hiper-inflacionária, é publicado toda semana, com as variações dos preços das quatro semanas anteriores. Restringe-se ao município de São Paulo e afere o custo de vida de famílias com rendas de2 a6 salários mínimos. Calcula os preços médios durante quatro semanas e divide pela mesma média de quatro semanas anteriores. Trata-se, portanto, de uma medida rápida das tendências de base dos preços. No índice FIPE a comida pesa 37 por cento do custo de vida das pessoas e a habitação 18 por cento.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE.

Para rendas de 1-8 salários mínimos, foi o índice oficial de inflação de1979 a 1986.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

Sucedeu ao INPC como índice oficial, até 1990 e difere apenas no período de coleta dos preços.

Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) IBGE

Para rendas até quarenta salários mínimos.

Índices de Custo de Vida do DIEESE

Para três classes de renda, 1-3 salários mínimos, 1-5 e 1-30.Esse índice se distingue dos demais por incluir como itens essenciais do custo de vida, despesas com recreação, comunicação, cultura e lazer.

Índice da Cesta Básica (PROCON/DIEESE)

Pesquisado em 70 super-mercadosem São Paulo, englobando 31 produtos essenciais para famílias com renda até 10,3 salários mínimos; mede a variação ponta a ponta.


Perguntas do dia 19/09/2011

– O que mede a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE?

R:

2 – Qual a principal fonte de financiamento de bens de capital?

R:


Indicadores de Conjuntura – 19/09/2011

Indicadores de Conjuntura

São poucos e precários os indicadores de conjuntura econômica no Brasil.

Eis os principais:

DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE)

Pesquisa industrial mensal: Mede a produção física acompanhando cerca de 700 produtos em 5 mil empresas com o que elabora quatro índices: a variação da produção do mês em relação ao mês anterior, e em relação ao mesmo mês do ano anterior; a variação da produção acumulada nos últimos 12 meses em relação a 12 meses anteriores, e a acumulada no ano, em relação ao mesmo período no ano anterior. Os índices são específicos por setores industriais (indústria da borracha, vestuário, veículos, etc), e por tipos de bens: bens de capital, bens intermediários, bens de consumo duráveis e os não duráveis. Os indicadores do IBGE ressentem-se da pequena amostragem, da não inclusão de serviços e da não atualização freqüente da amostragem em função da mudança do perfil produtivo do país.

Pesquisa mensal do comércio: Indicador iniciado em 1995, alcançando apenas mil estabelecimentos na região do Rio de Janeiro. Acompanha vendas, emprego e massa salarial no comércio.

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (FGV)

Sondagem Conjuntural: Afere a cada três meses a taxa de utilização, níveis de produção, emprego e intenções de investimento de 1440 empresas em dez segmentos da economia.

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FIESP)

Nível de Atividade Industrial: É divulgado na última quarta-feira do mês seguinte ao mês aferido, a partir de questionários respondidos por cerca de 700 indústrias que representam 30 por cento da produção industrial do Trata-se de um índice composto, pelos índices de variação mensal dos seguintes dados: total de pessoal ocupado pelas empresas; total de horas pagas; total de horas trabalhadas na produção;total de salários reais (deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor da FIPE); salário médio real; total de venda reais (deflacionadas pelo Índice de Preços ao Atacado da FGV); utilização da capacidade instalada.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS INDÚSTRIAS (CNI)

Indicador de Atividade na Indústria de Transformação: Levantado mês a mês, em âmbito nacional, com a variação do valor das vendas reais, pessoal empregado, horas trabalhadas na produção, total de salários pagos e ocupação da capacidade instalada.

OUTROS INDICADORES:

Investimentos: Investimentos em bens de produção são melhor termômetro precursor da atividade econômica, de grande visibilidade, pelo seguinte mecanismo: em regime de produção invariante, empresários apenas repõem equipamento, na proporção do desgaste regular estimado em 10 por cento do capital produtivo existente; se a produção sobe, digamos 10 por cento, além da reposição normal, empresários ampliam seus equipamentos. Mesmo se os ampliarem em apenas 3 por cento, as compras de equipamentos se expandem em 30 por cento (dos 10 por cento do estoque, para 13 por cento do estoque). No sentido inverso, quedas na produção levam a adiamentos mais do que proporcionais nas reposições de bens de capital. É possível inferir o ritmo de investimentos, pelo volume de contratos de financiamentos de bens de capital do programa FINAME, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, uma das principais fontes de financiamentos de bens de capital.

Índices de comércio: A Associação Comercial de São Paulo divulga agregados de comércio e de pagamentos que indicam a se está havendo melhoria ou deterioração no volume e qualidade das vendas: número de falências e concordatas requeridas e decretadas, volume de títulos protestados na capital, por setor de comércio, volume de consultas aos serviços de proteção ao crédito. Os indicadores têm que ser interpretados. Pode haver aumento no número de concordatas requeridas devido às freqüentes mudanças na lei de falência ou outras leis, e não em decorrência de uma crise.

Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica), ligada à USP, criou um indicador composto precursor da atividade econômica de validade discutível, que se vale de dados acessíveis e de compilação rápida ligados à movimentação de pessoas e mercadoria: variação no número de passageiros nos ônibus urbanos e no metrô, consumo de energia elétrica e combustíveis, consultas ao crédito; número de passageiros embarcados no aeroporto de Cumbica e terminal rodoviário.

Ibovespa – Índice Bovespa

O Indice Bovespa é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. É formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

Gráfico paraIBOVESPA    - (^BVSP)

IBOVESPA –

(SAO: ^BVSP )

Valor do índice: 57.210,11
Horário de pregão: 16 de set
Variação: 0,00 (0,00%)
Fechamento ant.: 57.210,11
Abertura: 56.381,46
Variação do dia: 56.257,38 -57.210,11
Variação anual: 47.793,00 -73.103,00

Fonte: Site Yahoo Brasil Finanças – //br.finance.yahoo.com/q/bc?s=%5EBVSP


5 gurus bem pessimistas com a bolsa

Cresce a cada dia o número de investidores que acha que Europa e EUA não vão conseguir evitar o pior – e que vai ser difícil ganhar dinheiro com ações no curto prazo

Wikimedia Commons

O analista e investidor Jim Rogers

Jim Rogers: diversos países europeus terão de pedir moratória

São Paulo – Não para de crescer a percepção dos investidores de que nem todos os países europeus conseguirão pagar suas dívidas e que os Estados Unidos não fracassarão em evitar uma nova recessão. Na última sexta-feira, o mercado financeiro simplesmente ignorou o anúncio do presidente americano, Barack Obama, de que um novo pacote de estímulo econômico, no valor total de 447 bilhões de dólares, será enviado ao Congresso. A renúncia de um importante membro do Banco Central Europeu escancarou o fato de que não há consenso na zona do euro sobre a forma de evitar as moratórias de países fiscalmente irresponsáveis, como a Grécia. Veja abaixo como cinco gurus avaliam a situação econômica mundial e esperam da bolsa nas próximas semanas:
Jim Rogers diz que haverá várias moratórias

Para Jim Rogers, que fez fortuna no mercado em sociedade com George Soros, é hora de a Grécia admitir que não tem condições de pagar a dívida e iniciar uma reestruturação. Ele acredita que o “default” grego levará outros países a declarar moratória, como a Itália, a Espanha, a Irlanda e mais alguns. O megainvestidor acredita que haverá muita dor no mercado quando isso acontecer. Muitos bancos que estão atolados de títulos de dívida desses países terão problemas. Para Rogers, no entanto, quem tem dinheiro pode estar diante de uma boa oportunidade de comprar ativos que ficarão baratos, como o próprio euro.

 

Para George Soros, a crise atual é pior que a do Lehman

O bilionário e renomado investidor George Soros diz que o maior temor do mercado é que um banco europeu quebre e o pânico se espalhe da mesma forma que em 2008, com a falência do quarto maior banco americano de investimentos, o Lehman Brothers. Mesmo com a disposição dos governos europeus em salvar grandes instituições financeiras, a crise tem secado o crédito interbancário. As instituições americanas têm cortado linhas de financiamento aos pares europeus como forma de correr menos riscos, afirmou Soros ao jornal The New York Times. Foi exatamente uma crise de liquidez como essa que levou à quebra do Lehman Brothers. Se um banco europeu cair, toda a economia mundial sentirá o baque. A crise atual só não será pior que a de 2008 se for criada uma autoridade europeia capaz de garantir a estabilidade do sistema financeiro.

Marc Faber diz que pacote de Obama é uma piada

Os investidores que esperavam algum alívio com o discurso do presidente americano, Barack Obama, na última quinta-feira só tem motivos para se decepcionar. Segundo o investidor suíço Marc Faber, um dos mais pessimistas desde meados da década passada, a mistura de aumento de impostos com alta de gastos públicos é uma “piada completa” e um “fracasso das políticas econômicas keynesianas”. Conhecido como “Doutor Apocalipse” e autor do relatório “Gloom, Boom and Doom”, o suíço diz que os governos ao redor do mundo precisam entender que é hora de cortar gastos, e não de elevá-los.

O problema é o governo, afirma Jim Cramer

Para Jim Cramer, que apresenta o programa “Mad Money” na rede de televisão CNBC, o mau desempenho das bolsas pode ser explicado pelos erros dos governos europeus e americano. O Banco Central Europeu, segundo ele, já deveria ter cortado os juros para zero, uma vez que o continente está à beira de uma nova recessão. Já o governo americano desincentiva o empreendedorismo e tira a confiança do consumidor americano com medidas erradas. Ele afirma que diversas empresas têm apresentado aumentos consideráveis de lucro e receita. O que impede as ações de subir são as “peripécias” do governo. “Não dá para criticar ninguém que pense em vender suas ações neste momento.”

Nouriel Roubini diz que países ricos precisam de mais estímulos

O economista Nouriel Roubini, que ganhou notoriedade por ter previsto a crise de 2008, acredita que uma nova recessão em diversos países ricos é iminente. Para ele, os governos precisam anunciar novas medidas de estímulo econômico e esquecer a austeridade fiscal. “Estamos em uma situação pior que em 2008.”Promover apenas mais uma rodada de relaxamento monetário (quantitative easing, no termo que vem sendo usado pelos jornais americanos) não seria suficiente para livrar os EUA da ameaça de recessão. “O mercado até pode ter um rali, que só vai se sustentar se os dados da economia real também melhorarem.” Já os governos da zona do euro precisam aumentar o fundo de estabilidade financeira, criado para garantir aos investidores que os países pagarão suas dívidas.


PIB e PNB – 12/09/2011

PIB e PNB

Qual a diferença entre PIB e PNB?

Um dos principais indicadores que demonstram a realidade econômica de um país ou região é o PIB (Produto Interno Bruto). Tal indicador nada mais é do que a mensuração de todos os bens e serviços, ou seja, de toda a riqueza produzida. Uma das maiores confusões em relação ao PIB é a diferença entre o mesmo e outro importante indicador econômico: o PNB (Produto Nacional Bruto).

PIB ou PNB?

Uma das confusões em torno do PIB é a que mistura taxas trimestrais de crescimento, divulgadas periodicamente pelo IBGE com taxas anuais. A taxa trimestral mede o crescimento do PIB num trimestre em relação ao trimestre anterior e se constitui numa medida mais aproximada de velocidade corrente de crescimento do PIB. Essa taxa é anualizada, ou seja, indica o quanto o PIB cresceria no ano todo se sua velocidade de expansão continuasse a mesma. Para se evitar confusões no tratamento das variações do PIB deve-se sempre tomar a base inicial da medida como 100, e aplicar sobre ela os índices de crescimento divulgados. Isso permite visualizar corretamente o fenômeno em curso.

Embora o conceito de PIB seja preferido na maior parte do mundo, como no Brasil e Grã Bretanha, o PNB é utilizado especialmente em determinados países, como nos Estados Unidos, por exemplo.

O PIB representa todas as riquezas produzidas dentro das fronteiras de uma região, independentemente do destino dessa renda. O conceito de PIB também descarta a entrada de verbas do exterior. O que é levado em consideração é simplesmente aquilo que é produzido dentro das fronteiras da região ou país.

Já o PNB considera todos os valores que um país, por exemplo, recebe do exterior, além das riquezas que foram apropriadas por outras economias, ou seja, os valores que saem. É justamente essa a diferença: o PNB considera as rendas enviadas e recebidas do exterior, enquanto o PIB, não.

Desta forma, em países em desenvolvimento, como o Brasil, o PNB normalmente é menor que o PIB, uma vez que as transnacionais enviam grande parte de seus lucros para seus países de origem. Da mesma forma, em países com muitas empresas de atuação global, como nos Estados Unidos, o PNB tende a ser maior, já que há uma grande absorção dos lucros gerados por suas empresas no exterior.

Portanto: O PIB, descontado dessa renda enviada ao exterior, ou somado à renda recebida do exterior é chamado PNB. O conceito de PNB, por esse motivo, está mais próximo ao conceito de Renda Nacional. O Produto Nacional Bruto, descontadas as perdas por depreciação, é exatamente igual à Renda Nacional Líquida. Assim:

PIB – Renda enviada ao exterior + Renda recebida do exterior = PNB

PNB – Depreciação = Produto Nacional Líquido = Renda Nacional Liquida.

Renda Nacional Líquida / População = Renda Per Capita

Reportagem do jornal O Globo Economia de 03/03/2011

Ranking divulgado pelo IBGE com os países que já anunciaram o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 mostram que o Brasil teve o terceiro melhor desempenho no mundo. O PIB brasileiro, que subiu 7,5%, na maior alta desde 1986 , ficou atrás de China, que cresceu 10,3%, e Índia, que avançou 8,6%. A expansão da economia brasileira supera o avanço dos PIBs de países europeus e dos Estados Unidos, além da Coreia do Sul.

O crescimento do PIB brasileiro ficou 2,5 pontos acima do avanço no mundo em 2010, que foi de 5% na média dos países, segundo os dados do IBGE. Ficaram acima desse patamar, além dos três primeiros colocados, a Coreia do Sul, com alta de 6,1%, e o México, com 5,5%.

Segundo a wikipedia, O produto interno bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer seja, países, estados, cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc). Veja que fala “uma determinada região”, portanto você pode calcular o PIB de um Estado, de uma cidade. A maioria das pessoas pensa sempre numa lista de países, como a que mostramos abaixo:

PAÍS—PIB de 2009 em milhões de US$

1) Estados Unidos—14.256.300
2) Japão—5.067.530
3) China—4.984.730
4) Alemanha—3.346.700
5) França—2.649.390 (obs 5)
6) Reino Unido—2.174.530
7) Itália—2.112.780
8) Brasil—1.571.980 (em 2010: estimado em US$ 1.700.000)
9) Espanha—1.460.250
10) Canadá—1.336.070
11) Índia—1.310.170
12) Rússia—1.230.730
13) Austrália—924.843
14) México—874.902
15) Coreia do Sul—832.512
16) Holanda (Países Baixos)—792.128
17) Taiwan (Formosa)—735.400 (obs 6 e 7)
18) Turquia—617.099
19) Indonésia—540.277
20) Suiça—500.260 (obs 1)
21) Bélgica—468.552
22) Polônia—430.076
23) Suécia—406.072
24) Áustria—384.908
25) Noruega—381.766
26) Arábia Saudita—369.179
27) Irã—331.015
28) Grécia—329.924
29) Venezuela—326.498
30) Dinamarca—309.596
31) Argentina—308.741
32) África do Sul—285.983
33) Tailândia—263.856
34) Emirados Árabes Unidos—261.348 (obs 1)
35) Finlândia—237.512
36) Colômbia—230.844
37) Portugal—227.676
38) Irlanda—227.193
39) Israel—194.790
40) Malásia—191.601
41) República Tcheca—190.274
42) Egito—188.334
43) Cingapura—182.232
44) Nigéria—168.994
45) Paquistão—166.545
46) Chile—163.670
47) Romênia—161.110
48) Filipinas—160.476
49) Kuweit—148.024 (obs 1)
50) Argélia—140.577

Porém, mais interessante que isso é ver que grandes cidades possuem PIBs maiores do que muitos países. Por exemplo, as 2 primeiras colocadas no ranking de cidades mais ricas, Tóquio e Nova York possuem PIBs de, respectivamente, US$ 1,479 trilhão e US$ 1,406 trilhão. Olhe novamente a tabela acima e você verá que as duas poderosas metrópoles estariam em 9º e 11º lugares, logo a frente da Espanha e Canadá!! Fácil de perceber que elas poderiam até se tornarem nações independentes. Entre as nossas cidades, São Paulo é a mais bem colocada, aparecendo como a 10º colocada, com um PIB de US$ 388 bilhões. Em 2005, São Paulo ocupava a 19º colocação, com um PIB de US$ 225 bilhões, crescimento de 72% em 4 anos. O Rio de Janeiro, ocupa a 30º lugar com um PIB de US$ 152 bilhões.

Posição Cidade País PIB
em bilhões de US$
1 Tóquio Japão $ 1479
2 Nova Iorque Estados Unidos $ 1406
3 Los Angeles Estados Unidos $ 792
4 Chicago Estados Unidos $ 574
5 Londres Reino Unido $ 565
6 Paris França $ 564
7 Osaka Japão $ 417
8 Cidade do México México $ 390
9 Filadélfia Estados Unidos $ 388
10 São Paulo Brasil $ 388

Questões do dia 05/09/2011

1 – Qual modalidade de política econômica o governo atual está utilizando? Justifique.

R:

2 – Qual o objetivo do governo ao elevar a taxa básica de juros (SELIC)?

R:

3 – O que o governo precisa fazer para aumentar a demanda agregada e o consumo privado através das Políticas Fiscais?

R:


Política Econômica – 05/09/2011

Política Econômica

Política econômica é o conjunto de ações governamentais planejadas para atingir determinados objetivos no campo da economia. Todas as políticas são influenciadas por instituições internacionais como o Banco Mundial e FMI

 Objetivos

Políticas econômicas têm como objetivos principais o ajuste de alguns indicadores como:

  • Taxa de juros
  • Orçamento governamental
  • Mercado de trabalho
  • Impostos
  • Inflação
  • Redistribuição de renda
  • Expansão monetária
  • Geração de riqueza
  • Balança de pagamentos

 

Modalidades de Políticas Econômicas:

  • Estrutural: são as medidas que visam modificar a estrutura macroeconômica.
  • Conjuntural: visa administrar situações de depressão, hiperinflação ou de escassez de produtos.
  • Expansionista: manutenção ou aceleração do crescimento econômico.


Instrumentos

 – Política Monetária

Conjunto de medidas objetivando controlar o volume de liquidez (quantidade de dinheiro circulante) a disposição dos agentes economicos.

A Política Monetária age diretamente sobre o controle da quantidade de dinheiro em circulação, visando defender o poder de compra da moeda. Tal pratica pode ser expansionista ou restritiva.

Em uma política monetária restritiva, a quantidade de dinheiro em circulação é diminuída, ou mantida estável, com o objetivo de desaquecer a economia e evitar o aumento dos preços. Em uma política monetária expansionista, a quantidade de dinheiro em circulação é aumentada, com o objetivo de aquecer a demanda e incentivar o crescimento econômico. Cabe ressaltar que a política monetária expansionista visa criar condições para o crescimento econômico, porém não o determina.

Para fazer política monetária, o governo dispõe de cinco instrumentos básicos:

  • Incentivo/Restrição ao Crédito: por ter efeito direto sobre determinados setores da economia, o incentivo ou a restrição ao crédito são utilizados pelo governo como instrumentos de desenvolvimento microeconômico. Assim, se o governo deseja expandir o agronegócio, cria incentivos para a concessão de créditos aos produtores rurais. Se deseja restringir o consumo de determinado segmento de produtos, cria instrumentos que restrinjam o acesso ao crédito para compra de produtos desse segmento. Por não ser gerenciado pelo Banco Central, este deve levar em conta os efeitos produzidos pelo incentivo ou pela restrição ao crédito na quantidade de dinheiro em circulação, para poder calibrar a utilização dos outros instrumentos no cumprimento dos seus objetivos.
  • Compra/Venda de Títulos Públicos: através da compra e da venda de títulos públicos, o Banco Central afeta diretamente a quantidade de dinheiro em circulação. Ao comprar títulos do público, o banco central promove política monetária expansionista, pois entrega dinheiro em troca dos títulos. Ao contrário, para enxugar a liquidez do sistema, o banco central pode vender títulos de sua carteira própria, entregando papéis e recebendo dinheiro, que é tirado de circulação.
  • Depósitos Compulsórios: parte dos depósitos efetuados pelos clientes não bancários nos bancos comerciais deve ser recolhido ao Banco Central, compulsoriamente. Esse instrumento tem o objetivo de diminuir o poder que os bancos comerciais possuem de multiplicar o dinheiro em circulação através dos empréstimos, possibilitando ao Banco Central manter o controle da quantidade de dinheiro em circulação.
    Esses depósitos variam de 15 a 45% dos depósitos. Sendo 45%para depósitos a vista, 20% para depósitos de poupança e 15% para depósitos a prazo.
  • Taxa do Redesconto: taxa exigida pelo Banco Central para cobrir os eventuais “buracos” nos caixas dos bancos comerciais. Se a taxa é baixa e o prazo é longo, os bancos podem se expor a riscos maiores, aumentando os empréstimos e, por conseqüência, a quantidade de dinheiro em circulação. Se a taxa é alta e o prazo é curto, os bancos precisam exigir riscos menores, diminuindo os empréstimos e, por conseqüência, a quantidade de dinheiro em circulação.
    Atualmente a taxa de redesconto é igual a SELIC + 6% a.a. para operações de um dia, 4% a.a.para operações de até 15 dias ou 2% a.a. paraoperações de até 90 dias.
  • Taxa de Juros: na teoria, a taxa de juros tem efeito direto sobre a poupança, influenciando a remuneração do capital, e sobre os investimentos, influenciando o custo do capital. Assim, se o objetivo é uma política monetária restritiva, a elevação da taxa de juros irá diminuir a quantidade de dinheiro em circulação, ao estimular a poupança e elevar os custos dos investimentos. Ao contrário, para estimular o consumo e os investimentos, as taxas de juros devem ser mais baixas. Atualmente a taxa de juros utilizada é a SELIC = 8,75% a.a. (março/2010)

 – Politica Fiscal

Conjunto de decisões e ações relacionadas com as despesas e receitas dos governos federal, estadual e municipal.

Política fiscal é administração das receitas e despesas do governo. Se a receita é maior que a despesa, temos superávit orçamentário. No inverso temos déficit. Tal política afeta o nível de demanda ao influir na renda disponível que os indivíduos poderão destinar para consumo e poupança. Tal prática pode ser expansionista ou restritiva.

Em uma política fiscal restritiva temos diminuição dos gastos públicos e elevação dos impostos, com objetivo de reduzir a demanda agregada e o consumo privado. Numa política fiscal expansionista, temos aumento nos gastos públicos e corte nos impostos, com o objetivo aumentar a demanda agregada e o consumo privado.

Dado um nível de renda, quanto maiores os impostos, menor será a renda disponível e, portanto, o consumo. E quanto maior o gasto público, maior a demanda e maior o produto. Assim, se a economia apresenta tendência para a queda no nível de atividade, o governo pode estimulá-la, cortando impostos e/ou elevando gastos. Pode ocorrer o inverso, caso o objetivo seja diminuir o nível de atividade.

A carga tributária de 2009  foi de 33,8% do PIB – PIB anual = R$ 2.889.719 milhões

 – Politica Externa

Conjunto de medidas que tem por finalidade manter o equilíbrio do balanço de pagamentos, proteger determinados setores e desenvolver relações comerciais externas. Ou seja, é o conjunto de objetivos políticos que um determinado país almeja nas suas relações com os demais países do mundo.

A política externa costuma ser planejada de modo a procurar proteger os interesses nacionais de um país, em especial sua segurança nacional, prosperidade econômica e valores.

A consecução de tais objetivos pode ser obtida por meios pacíficos (cooperação internacional) ou violentos (agressão, guerra, exploração).

Também a política econômica de um país pode ser considerada como parte da sua política externa, na medida em que, para manter o equilíbrio do Balanço de pagamentos, pode incluir medidas de proteção a determinados setores da economia em relação à concorrência externa, ou incluir medidas de estímulo a relações comerciais com o exterior.

Em 2009, o comércio exterior brasileiro registrou corrente de comércio de US$ 281 bilhões, com redução de 24,3% sobre 2008, quando atingiu US$ 371 bilhões. Esta retração é conseqüência da crise financeira internacional, que levou a uma depreciação dos preços internacionais de commodities agrícolas e minerais e queda da demanda por bens. As exportações encerraram o período com valor de US$ 153,0 bilhões e as importações de US$ 127,6 bilhões. Em relação a 2008, as exportações apresentaram redução de 22,7% e as importações, de 26,2%. O saldo comercial atingiu US$ 25,3 bilhões em janeiro-dezembro de 2009, significando aumento de 1,6% sobre o consignado em 2008, de US$ 25,0 bilhões, motivado por uma redução menor das exportações em relação às importações.

 – Política de Rendas

Conjunto de medidas visando a redistribuição de renda e justiça social.

Estatísticas mostram que a partir do último trimestre de 2002 a distribuição de renda no Brasil começou melhorar lentamente. Em 2004, ocorreu o primeiro avanço significativo para a diminuição da desigualdade econômica no país: a taxa de crescimento da renda per capita para os mais pobres foi de 14,1%, enquanto a renda per capita média cresceu 3,6% no mesmo período.

Contribuiu para essa melhora no quadro de distribuição de renda no país um programa de transferência direta de renda, chamado de Bolsa família. Existe uma tendência que haja uma melhora no longo-prazo, pois o programa é atrelado diretamente à frequência escolar dos filhos das famílias beneficiadas, o que afeta de forma mais significativa a renda familiar de longo-prazo.

No Brasil, a alta concentração de renda no topo da pirâmide dificulta a sua medição através dos índices mais comuns. Isso por causa da anormalidade da distribuição: a metade pobre da população brasileira ganha em soma quase o mesmo valor (12,5% da renda nacional) que os 1% mais ricos (13.3%).

Taxa de ocupação: 92,6%  –  Taxa de desocupação: 7,4%


Macroeconomia – 29/08/2011

Macroeconomia

O principal objetivo da teoria macroeconômica é analisar como são determinados os preços e as quantidades dos bens produzidos e dos fatores de produção existentes na economia.

Na tentativa de determinar como os preços são estabelecidos desenvolveram-se dois métodos de analise básicos:

  • Abordagem do Equilíbrio Parcial – Analisa um determinado mercado sem considerar os efeitos que esse mercado pode ocasionar sobre os demais mercados existentes na economia. Admite-se que os demais mercados afetam o mercado analisado, mas julga-se que esse mercado não afete os demais.
  • Abordagem do Equilíbrio Geral – Acredita-se que tudo depende de tudo, e assim, se quisermos determinar como são formados os preços dos bens, deveríamos inicialmente listar todos os bens que são produzidos pela economia e todos os diferentes tipos de insumos que são utilizados, e considerarmos que, nas demandas e ofertas de cada um dos bens, todos os preços dos demais bens são importantes.

Imaginemos que estivéssemos interessados em saber como os preços de uma economia têm-se comportado ao longo dos últimos meses. A resposta que a microeconomia daria seria individualizar cada um dos bens produzidos respondendo: o preço relativo do bem X está aumentando, o do bem Y diminuindo e assim sucessivamente.

Para saber como tem se comportado o nível de produção da economia ao longo dos últimos anos, como tem evoluído o nível de emprego, etc., percebe-se a necessidade de darmos um tratamento mais abrangente a análise econômica. É ai que surge espaço para macroeconomia. Ela tem por objetivo fundamental analisar como são determinadas as variáveis econômicas de maneira agregada. É claro que a microeconomia também analisa variáveis agregadas, como por exemplo, o mercado de automóveis, que inclui uma série de tipos de automóveis fabricados. Entretanto a Macroeconomia faz agregações absolutas, pois agrega todos os tipos de bens produzidos.

Macroeconomia observa a economia por quatro mercados:

Mercado de bens e serviços – Tenta responder como se comporta o nível de atividades através da analise de todos os bens produzidos pela economia durante um determinado período de tempo e determina-se o chamado produto nacional. O preço desses produtos que representa uma média de todos os preços produzidos é o chamado nível geral de preços. Ex.: PIB e IGPM

Mercado de trabalho – De maneira semelhante aos bens e serviços, mercado de trabalho representa uma agregação de todos os tipos de trabalhos existentes na economia. Neste mercado, determinamos como se estabelece a taxa salarial e o nível de emprego.

Mercado monetário e de títulos – Estuda a moeda e os títulos de dívida. Como exemplo de mercado monetário, utiliza como base de estudo as reservas monetárias, a poupança e a disponibilidade de moeda.
Em toda economia existem os agentes superavitários e os deficitários. Agentes superavitários são aqueles que possuem um nível de renda superior aos seusgastos e os deficitários aqueles que possuem um nível de gastos superior ao da renda. Para tal, idealiza-se um mercado no qual os agentes superavitários emprestam para os deficitários, que é o mercado de títulos. Ex.: títulos do governo, ações, debêntures, duplicatas, etc. Desta forma a macroeconomia agrega todos os títulos e determina um título para determinar o preço e a quantidade dos títulos.

Ex.: Atualmente a taxa básica de juros do Banco Central – SELIC é de 11,75% (desde 03/03/2011)
Veja o gráfico.

Mercado de divisas – Também chamado de mercado de moeda estrangeira, onde a oferta de divisas depende das exportações e da entrada de capital estrangeiro, e a demanda de divisas é determinada pelo volume de importações e saídas de capital financeiro. Essa variação é o que determina a taxa de cambio e o preço da divisa em termos da moeda nacional. Ex.: Cotação do US$.

Questões:

1 – Qual a diferença básica entre microeconomia e macroeconomia?

2 – Defina o que é:

a) Um agente econômico superavitário.

b) Um agente econômico deficitário.

3 – Indique 01(Hum) indicador ou índice para cada um dos quatro mercados analizados pela macroeconomia.


Correntes de Pensamento Econômico & Retrospectiva Econômica Brasileira

Correntes de Pensamento Econômico

A História do Pensamento Econômico é um estudo da herança deixada pelos que escreveram sobre assuntos econômicos no transcurso de muitos anos.

Antes da Renascença (séculos XV e XVI): era quase impossível a visualização da Economia como campo específico de estudo, pois tudo era contra: a dominação do Estado e da Igreja, a força dos costumes e as crenças religiosas e filosóficas, a natureza e a amplitude limitada da atividade econômica. No entanto, a atividade econômica para a satisfação de necessidades ocorreu em todas as épocas da história humana.

Divisão do Estudo:

  • História do Pensamento Econômico
  • Mercantilismo
  • Fisiocracia
  • Utilitarismo
  • Economia Clássica
  • Teoria Marxista
  • Teoria Keynesiana

Mercantilismo

Mercantilismo é a teoria e prática econômica que defendiam, do século XVI a meados do XVII, o fortalecimento do estado por meio da posse de metais preciosos, do controle governamental da economia e da expansão comercial.

Para a consecução dos objetivos mercantilistas, todos os outros interesses deviam ser deixados à segundo plano: a economia local tinha que se transformar em nacional e o lucro individual desaparecer quando assim conviesse ao fortalecimento do poder nacional.

Alcançar a abundância de moeda era um dos objetivos básicos dos mercantilistas, já que, a força do estado dependia de suas reservas monetárias. Se uma nação não dispunha de minas, tinha de buscar o ouro necessário em suas colônias ou, adquiri-lo por meio do comércio, o que exigia um saldo favorável da balança comercial – ou seja, que o valor das exportações fosse superior ao das importações.

Foi durante o mercantilismo que iniciou-se o emprego de sistemas de contabilidade e acompanhamento das contas de receitas e despesas do estado, a criação de uma fiscalização centralizada e a adoção de leis que desestimulassem a importação de bens improdutivos e de grande valor.

Não tinham como finalidade o desenvolvimento da manufatura nacional, mas sim, a maior acumulação possível de metais nobres.

O mercantilismo foi o instrumento que assegurou as condições econômicas e financeiras necessárias para garantir a expansão dos estados absolutistas europeus.

Os principais promotores e representantes do mercantilismo foram:

  • Jean-Baptiste Colbert da França – Ministro da Fazenda de Luís XIV
  • Jean Bodin da França
  • Antoine de Montchrestien da França
  • Thomas Mun da Grã-Bretanha
  • James Steuart da Grã-Bretanha
  • Josiah Child da Grã-Bretanha
  • Antonio Serra na Itália
  • Marquês de Pombal de Portugal

Fisiocracia

A concepção natural de excedente. Conforme esta teoria, apenas efetua trocas o homem que dispõe de produtos “superfluos” (excesso sobre a subsistência), por meio dos quais virá a obter o que melhor lhe convier. É sempre excesso de bens em relação à subsistência, que assume a forma derivada de rendimento e (indiretamente) de tributos.

Os empresários viveriam de “rendas incertas” e os assalariados, de “renda certa”, estabelecida pelo custo de subsistência, ou por algo aproximado a preço de oferta da força de trabalho (abraçando o custo de reprodução da mão-de-obra e outros fatores).

Para Quesnay, excedente é sempre excesso de produção sobre os custos diretos e indiretos de subsistência. Se subsistência é consumo de produtos agrícolas, o excedente é excesso de produção agrícola sobre insumos e subsistência.

Finalmente, a teoria agrícola do excedente assenta-se na suposição de que apenas o trabalho agrícola é produtivo, no sentido de ser capaz de gerar excedente sobre os custos.

Trabalho não agrícola = Trabalho estéril.

O objetivo do movimento fisiocrático é o livre comércio, admitindo-se que o preço de mercado livre é o da ordem natural. E o preço natural será aquele determinado pela concorrência, evidenciando a interdependência entre as atividades econômicas. Porém a agricultura era considerada fecunda e a indústria não.

Utilitarismo

Nos fundamentos de sua estrutura, o utilitarismo encara um indivíduo como a expressão da utilidade, da satisfação, do prazer, da felicidade ou do desejo de realização. Em sua essência, a utilidade se torna a medida da realização do nosso desejo, o denominador comum de tudo que queremos.

Contudo um grande problema se levanta. Como medir esta utilidade?

Economia Clássica

Adam Smith

A primeira grande obra de economia política foi o livro “Riqueza das Nações” de Adam Smith.

Adam Smith adotava uma atitude liberal. Apóia o não intervencionismo, pois ele acredita que o intervencionismo prejudica mais.

A desigualdade é vista como um incentivo ao trabalho e ao enriquecimento (logicamente os pobres querem ficar ricos e atingir o nível das classes ricas e mais beneficiadas), sendo uma condição fundamental para que as pessoas se mexam e tentem atingir níveis melhores de vida.

Como resolver este problema da justiça social e da eqüidade? Adam Smith aponta um caminho – o Progresso Econômico.

A grande contribuição de Adam Smith para o Pensamento Econômico é exatamente a chamada “Teoria da Mão Invisível“.

Para este autor todos aplicam o seu capital para que ele renda o mais possível. A pessoa ao fazer isto não tem em conta o interesse geral da comunidade, mas sim o seu próprio interesse – neste sentido é egoísta. O que Adam Smith defende é que ao promover o interesse pessoal, a indivíduo acaba por ajudar na prossecução do Interesse Geral e coletivo. Dizia ele, que não pela benevolência do padeiro ou do açougueiro que nós temos o nosso jantar, mas é pelo egoísmo deles, pois os homens agindo segundo seu próprio interesse é que se ajudam mutuamente. Neste caminho ele é conduzido e guiado por uma espécie de Mão Invisível.

Adam Smith acredita então que ao conduzir e perseguir os seus interesses, o homem acaba por beneficiar a sociedade como um todo de uma maneira mais eficaz.

Graças à mão invisível não há necessidade de fixar o preço.

Por exemplo, a Inflação é corrigida por um re-equilíbrio entre a Oferta e a Procura, re-equilíbrio esse que seria atingido e conduzido pela Mão Invisível, é pois, o início da Glorificação do Mercado que Adam Smith preconiza.

Para Smith, Deus implantou no homem certos instintos, entre os quais, “trocar”. Este instinto, mas a tendência de ganhar dinheiro e de subir socialmente, conduzem o trabalhador a poupar, e produzir o que a sociedade precisa e a enriquecer a sociedade. Os homens são “naturalmente” assim – dizia Smith.

A especialização da força de trabalho, que acompanha o avanço econômico, e a alocação de força de trabalho entre várias linhas de emprego, é a principal explicação de Adam Smith para o desenvolvimento.

O Modelo Teórico de desenvolvimento econômico de Smith constituía parte integrante de sua política econômica: ao contestar o padrão mercantilista de regulamentação estatal e de controle, apoiava a suposição de que a concorrência maximiza o desenvolvimento econômico e de que os benefícios do desenvolvimento seriam partilhados por todos na sociedade.

Os principais discípulos de Adam Smith foram:

Thomas Robert Malthus (1766-1834)

Dizia: “… a potência da população é infinitamente maior do que a potência da terra na produção de subsistência para o homem. A população, quando não controlada, cresce a uma taxa geométrica. A subsistência só cresce a taxa aritmética.

David Ricardo (1772-1823)

Ricardo mostrou as interligações entre expansão econômica e distribuição da renda. Tratou os problemas do comércio internacional e defendeu a flutuação livre do câmbio.

John Stuart Mill (1806-1873)

Introduziu na economia preocupações de “justiça social” que lhe valeram o adjetivo de “clássico da transição” entre a Escola Clássica e os pensamentos socialista.

Jean Baptiste Say (1768-1832)

Tal como Smith, considera o “mercado” essencial. Segundo Say a produção realiza-se através de 3 elementos:

  • O Trabalho
  • O Capital
  • Agentes Naturais (por agentes naturais entenda-se a terra, etc).

Deu atenção especial ao empresário e ao lucro.

Subordinou o problema do equilíbrio das trocas diretamente à produção, tornando-se conhecida sua concepção de que oferta cria a procura equivalente.

Teoria Marxista

Karl Marx (1818-1883) opôs-se aos processos analíticos dos clássicos e às suas conclusões, com base no que Lenin considerou a melhor criação da humanidade no século XIX: a filosofia alemã, economia e política inglesa e o socialismo francês.

Marx foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna.

Marx afirmava que “o valor da força de trabalho é determinado, como no caso de qualquer outra mercadoria, pelo tempo de trabalho necessário à produção e conseqüentemente à reprodução, desse artigo especial.”

Por sua própria característica, o capitalismo tende a separar as classes sociais de modo sempre crescente: com o avanço tecnológico, um número cada vez maior de trabalhadores é rebaixado em suas técnicas, e passa a realizar operações de rotina e tarefas repetitivas. Além disso, a substituição dos homens pelas máquinas faz aumentar o exército de reserva dos desempregados – conseqüência do modo de produção capitalista, que mantém a posição de poder dos capitalistas e permite abundante oferta de trabalho a salários de subsistência. Aliás, entre os próprios capitalistas a difusão do maquinismo e da dinâmica do sistema fazem desaparecer os pequenos empresários, ou os de menores recursos, que também se tornam dependentes dos proprietários dos meios de produção.

Teoria Keynesiana

John Maynard Keynes (1883-1946)

A teoria keynesiana é o conjunto de idéias que propunham a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego.

Keynes foi conselheiro de diversos governos da Inglaterra.

As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado.

O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, participou ativamente dos trabalhos de criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

Dizia que o capitalismo não regulado mostrava-se incompatível com a manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica.

Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais.

Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerados de forma alarmante.

A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes.

Ciência Econômica depois de Keynes

Na área da Ciência Econômica, até agora não surgiu nenhuma obra que provocasse impacto semelhante a Keynes. Nem idéias que revolucionassem tão intensamente a maneira de considerar os problemas econômicos, políticos, sociais e culturais, tal como aconteceu com o keynesianismo. Nem mesmo no momento atual, quando o próprio keynesianismo começa a refluir diante da escalada do neoliberalismo.

Há outra característica que talvez explique esse fenômeno: hoje, existe uma avalanche de contribuições científicas esparsas e, em geral, limitadas a determinados aspectos da teoria econômica e/ou de sua aplicação, deixando confusos os próprios economistas.

Soma-se a tudo isso o fato de a grande maioria dos economistas permanecerem fechados em pequenas comunidades de trabalho, como um determinado departamento de uma faculdade, ou um centro de pesquisa altamente especializado.

Entretanto, a Economia é a ciência que mais se destaca no conjunto de ciências sociais., sobretudo por sua multiplicidade de aplicações práticas.

Com a implosão dos regimes comunistas no final da década de 80 e a generalização do sistema de economia de mercado, parecia que o liberalismo econômico seria o grande vitorioso do liminar do século XX. Mas a frustração a frustração chegou antes do novo século e milênio, com a dificuldade das atuais políticas econômicas em conseguir solucionar, no mínimo, problemas como o desemprego crescente e o aumento da pobreza e de exclusão social em todos os países, inclusive naqueles considerados ricos e altamente industrializados.

Dentre as múltiplas tendências do pensamento econômico depois de Keynes, destaco aquelas que considero as mais importantes:

  • A revolução matematizante da ciência econômica.
  • A oposição econometrista “versus” economista institucionalistas.
  • Grandes modelos macroeconômicos.

E depois da onda neoliberal, o que virá?


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Retrospectiva Econômica Brasileira

A economia brasileira viveu vários ciclos ao longo da História do Brasil. Em cada ciclo, um setor foi privilegiado em detrimento de outros, e provocou sucessivas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira.

Divisão da História do Brasil

  • Período Pré-colonial (antes de 1500)
  • Período Brasil Colônia (1500-1822)
  • Período Brasil Império (1822-1889)
  • República (1889-2011)

Ciclo do pau-brasil (século XVI)

O primeiro ciclo econômico do Brasil foi a extração do pau-brasil com ajuda da mão de obra dos indios escravizados. Além do pau-brasil, outras atividades de extrativismo predominaram nessa época, como a coleta de drogas do sertão.

Ciclo da cana-de-açúcar (séculos XVI-XVIII)

O segundo ciclo econômico brasileiro foi o plantio de cana-de-açúcar, utilizada na Europa para a manufatura de acúçar. O plantio de cana adotou o latifúndio como estrutura fundiária e a monocultura como método agrícola. No século XVIII a cana perdeu espaço para o cultivo de café.

Escravatura e tráfico negreiro (séculos XVI-XIX)

A agricultura da cana introduziu o modo de produção escravista, baseado na importação e escravização de africanos. Esta atividade gerou todo um setor paralelo chamado de tráfico negreiro.

Pecuária

A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, levando o povoamento do litoral para o interior.

Ciclo da mineração (1709-1789)

Durante todo o século XVIII, expedições chamadas entradas e bandeiras vasculharam o interior do território em busca de metais valiosos (ouro, prata, cobre) e pedras preciosas (diamantes, esmeraldas). Afinal, já no início do século XVIII (entre 1709 e 1720) estas foram achadas no interior da Capitania de São Paulo (Planalto Central e Montanhas Alterosas), nas áreas que depois foram desmembradas como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

A descoberta de ouro, diamante e esmeraldas nessa região provocou um afluxo populacional vindo de Portugal e de outras áreas povoadas da colônia, como São Paulo de Piratininga, São Vicente e o litoral nordestino. Já de início, o choque na corrida pelas minas levou a um conflito entre paulistas e outros (Guerra dos Emboabas).

Outra importante atividade impulsionada pela mineração foi o comércio interno entre as diferentes vilas e cidades da colônia, proporcionada pelostropeiros.

Economia na Era Imperial (1822-1889)

Ao tornar-se independente em 1822, o Brasil possuía uma economia voltada para a exportação de matérias-primas. A economia do Brasil era extremamente diversificada no período pós-Independência, mas foi necessário um grande esforço por parte do governo monárquico para realizar a transmutação de sistema econômico puramente escravocrata e colonial para uma economia moderna e capitalista. Contudo, a monarquia fora capaz de manter até o fim de sua existência o extremamente notável crescimento econômico iniciado com a vinda do então príncipe-regente dom João ao Brasil. Isto foi possível, em parte, graças ao liberalismo adotado pelo regime monárquico, que favorecia a iniciativa privada.

Agricultura

A agricultura no Brasil detinha um papel extremante importante: 80% das pessoas em atividade dedicavam-se ao setor agrícola, 13% ao de serviços e 7% ao industrial.

O sustento de escravos revelara-se mais oneroso que o pagamento de salários a trabalhadores livres, por isso realizaram a transição do antigo sistema econômico escravocrata para o moderno capitalista.

Em 1874 o gabinete Rio Branco fixou em 40% a taxa de imposto para todas as mercadorias importadas (e que viria a incentivar a indústria nacional), ao mesmo tempo em que criou franquias aduaneiras para importações relacionadas a plantas vivas, sementes, raízes, bulbos e aparelhos mecânicos com o intuito de desenvolver a agricultura. Essas taxas marcaram o início das políticas econômicas internacionais.

Indústria

A Indústria brasileira tem sua origem remota nas oficinas artesanais datadas do início do século XIX. A maior parte dos estabelecimentos industriais surgiram no Sudeste brasileiro. De acordo com a Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, 77 estabelecimentos foram registrados entre 1808 e 1840 e receberam a classificação de “fábricas” ou “manufaturas”. Provavelmente causada pela instabilidade do período regencial, apenas nove destes estabelecimentos ainda estavam em funcionamento em 1841, mas em compensação, eram de grande porte e poderiam ser consideradas um “prenuncio de uma nova era para as manufaturas”.

Ciclo do café (1800-1930)

A economia cafeeira em São Paulo foi o grande motor da economia brasileira desde a segunda metade do século XIX até a década de 1920. O grão foi o principal produto de exportação do país durante quase 100 anos. Como o Brasil detinha o controle sobre grande parte da oferta mundial desse produto, podia facilmente controlar os preços do café nos mercados internacionais, obtendo assim lucros elevados.

Aconteceu que tivemos uma situação de crescimento da oferta de café muito superior ao crescimento de sua demanda, indicando uma tendência estrutural de baixa de preços no longo prazo.

As políticas governamentais de valorização do café, consistiam basicamente na compra, por parte do governo federal, dos estoques excedentes da produção de café, por meio de empréstimos externos financiados por tributos cobrados sobre a própria exportação de café.

No curto prazo, tal política ajudou a sustentar os preços internacionais do produto, sustentando a renda dos exportadores. Porém, a médio e longo prazo, essa política deu uma posição de favorecimento do café sobre os demais produtos brasileiros de exportação, além de inflar artificialmente os lucros do setor (pois essa política não tinha nenhum impacto sobre a demanda internacional pelo produto), o que estimulava novas inversões de capitais na produção, pressionando ainda mais a oferta nacional de café.

A crise internacional de 1929 ao mesmo tempo em que reduziu a demanda internacional pelo café brasileiro, pressionando seus preços para baixo, impossibilitou ao governo brasileiro tomar empréstimos externos para absorver os estoques excedentes de café, devido ao colapso do mercado financeiro internacional.

Ciclo da borracha (1866-1913)

Charles Goodyear descobriu o processo de vulcanização do líquido extraído das seringueiras conhecido como látex, sendo possível a fabricação de pneumáticos para a indústria automobilística – até então os carros utilizavam rodas de madeira. Porém, apenas mais de um século depois, cerca do ano de 1870, começou a tornar-se sensação na Europa e nos Estados Unidos: a demanda crescia vorazmente e a oferta crescia timidamente, gerando um rápido aumento na cotação internacional do produto.

Na época, o único local de existência da árvore era em toda a Amazônia. Fazendeiros, pequenos agricultores, e outros agroempresários foram atraídos para o interior da Amazônia para constituir fazendas silvicultoras, voltadas à extração de látex. Simples homens ergueram-se como barões da borracha, concentrando renda e relegando sua mão-de-obra à miséria e a condições análogas à escravidão.

Na pauta de exportações brasileiras, a borracha chegou a representar 40%, possuindo a mesma parcela de participação que o café durante o ciclo do café, evidenciando a grande importância do ciclo da borracha.

O Ciclo da Borracha é também conhecido na Amazônia como a Belle Époque e foi uma época de ostentação e fausto, porém começou a ruir com as bruscas quedas na cotação internacional da borracha, graças a ampliação em demasia da oferta de látex, propiciada pela biopirataria de milhares de seringueiras ao Oriente; emigração de famílias capitalizadas e a I Guerra Mundial. Porém o factor determinante para seu ocaso foi a pouca diversificação da economia amazônica.

Ciclo da soja (1970-hoje)

Desde a década de 1970, o novo produto que impulsionou a economia de exportação foi a soja, introduzida a partir de sementes trazidas da Ásia e dosEstados Unidos. O modelo adotado para o plantio de soja foi a monocultura extensiva e mecanizada, provocando desemprego no campo e alta lucratividade para um novo setor chamado de “agronegócio”.

O crescimento da cultura da soja se deu às custas da “expansão da fronteira agrícola” na direção da Amazônia, o que por sua vez vem provocando desmatamentos em larga escala.

A crise da agricultura familiar e o desalojamento em massa de lavradores ocasionou o surgimento dos movimentos de sem-terra

Industrialização e desenvolvimentismo (1945-1964)

O chamado desenvolvimentismo (ou nacional-desenvolvimentismo) foi a corrente econômica que prevalesceu nos anos 1950, do segundo governo de Getúlio Vargas até o Regime Militar, com especial ênfase na gestão deJuscelino Kubitschek.

O modelo de transporte adotado foi o rodoviário, em detrimento de todos os demais (ferroviário, hidroviário, naval, aéreo).

Valendo-se de políticas econômicas desenvolvimentista desde a Era Vargas, na década de 1930, o Brasil desenvolveu grande parte de sua infra-estruturaem pouco tempo e alcançou elevadas taxas de crescimento econômico. Todavia, o governo muitas vezes manteve suas contas em desequilíbrio, multiplicando a dívida externa e desencadeando uma grande ondainflacionária.

O presidente João Goulart tentou implementar as reformas de base (agrária, habitacional, financeira) mas foi impedido pelo golpe militar de 1964.

Em 1967, é criada a Zona Franca de Manaus.

Milagre econômico (1969-1973)

Entre 1969 e 1973, o Brasil viveu o chamado Milagre Econômico, quando um crescimento acelerado da indústria gerou empregos e aumentou a renda de todos os trabalhadores. Houve, porém, ampliação da concentração de renda.

A industrialização ocorreu, principalmente, no eixo Rio-São Paulo e atraiu para esta região uma imigração em massa das regiões mais pobres do país, principalmente do Sertão Nordestino.

Recessão e crise monetária (1973-1990)

Da Crise do Petróleo até o início dos anos 1990, o Brasil viveu um período prolongado de instabilidade monetária e de recessão, com altíssimos índices de inflação (hiperinflação) combinados com arrocho salarial, aumento dadívida externa e crescimento pífio.

Já na década de 1980, o governo brasileiro desenvolveu vários planos econômicos que visavam o controle da inflação, sem nenhum sucesso. O resultado foi o não pagamento de dívidas com credores internacionais (moratória), o que resultou em graves problemas econômicos que perdurariam por anos. Não foi por acaso que os anos 1980, na economia brasileira, ganharam o apelido de “década perdida”.

  • Plano Cruzado
  • Plano Bresser
  • Plano Collor

Abertura Econômica (1990-2003)

O governo Fernando Collor teve como principal lema a falência do projeto desenvolvimentista como motor de crescimento.

O que observou-se foi uma crescente abertura comercial e uma série de privatizações. Diversas empresas de baixa eficiência, principalmente do setor de informática, foram à falência enquanto a qualidade dos produtos disponíveis teve uma melhora substancial.

A estabilidade monetária só foi alcançada com a implantação do Plano Real, em 1994, já no governo Itamar Franco. Houve uma melhora da renda sem precedentes para as classes mais baixas. O ministro da fazenda, Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente com ampla margem.

A Lei de Responsabilidade Fiscal ajudou a controlar os gastos dos estados e municípios. Por outro lado, a insistência na política de câmbio fixo valorizado gerou prejuízo na situação fiscal que culminou com o ataque especulativo e a implementação do regime de câmbio flutuante com Armínio Fraga. A implementação de políticas redistributivas como Bolsa Escola e Bolsa Alimentação ajudou a reduzir a concentração de renda, porem com efeitos muito inferiores aos do fim da inflação.

A Era Lula (2003-2010)

A política econômica do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, baseada no câmbio flutuante e numa política monetária austera visando o controle da inflação, foi mantida no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e por enquanto não vemos nenhuma alteração no governo de Dilma Rousseff.

Do ponto de vista fiscal, o controle do superávit se deu através de um aumento substancial de arrecadação que contrabalanceou a significativa elevação nos gastos públicos. A unificação dos programas redistributivos sob o nome de bolsa família foi a principal bandeira do governo Lula.

Apesar das reduzidas taxas de crescimento, principalmente comparadas com as obtidas entre 1948 e 1979, houve uma significativa redução da desigualdade social no período entre 1990 e 2007 bem como uma melhora substancial em outros índices como os de escolaridade e de mortalidade infantil.

No fim da Era Lula, observou-se uma taxa de desemprego de apenas 5,7%. Por trás da expansão do emprego e da renda está um crescimento econômico que, apesar de alguns percalços, está acima da média do país, considerando a inflação sob controle.

Nos oito anos da Era Lula, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu a uma média anual de 4%.

Desafios

O mesmo crescimento que marcou os anos Lula e fez disparar o consumo no país também deixa alguns desafios à nova presidente.

Se por um lado coube a Lula tirar a economia do marasmo e dar poder de compra a milhões de brasileiros, Dilma Rousseff terá a tarefa de “aperfeiçoar” esse processo.

Dentre as prioridades estará a inflação, que voltou a assustar nos últimos meses de 2010.

Para 2011, a previsão é de 5,3%, valor que está acima do centro da meta estipulada pelo governo.

Após os estímulos ao consumo no pós-crise, que foram acertados, espera-se agora que o objetivo da política econômica retorne para seu curso natural, que é a austeridade fiscal baseada na redução efetiva de despesas administrativas.


Introdução a Economia

Introdução a Economia – 22/08/2011

O que estuda a economia? Qual a sua definição?

Definição dada pelo economista americano Paul Samuelson: “Economia é uma ciência social que estuda a administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos.”

Definição dada pelo economista brasileiro Prof. Antonio Delfim Netto: “Economia é a arte de pensar.”

Objetivo da Ciência Econômica é estudar a escassez.

Em economia tudo se resume a uma restrição quase que física – a lei da escassez, isto é, produzir o Maximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade.

Problemas econômicos básicos:

O que e Quanto produzir?

Como produzir?

Para quem produzir?

Fácil entender que: O QUE, QUANTO, COMO e PRA QUEM produzir não seriam problemas se os recursos utilizáveis fossem ilimitados. Na realidade existem ilimitadas necessidades e limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação. Baseada nessas restrições, a Economia deve optar dentre os bens a serem produzidos e os processos técnicos capazes de transformar os recursos escassos em produção.

Exemplo:   

Lei Básica da Economia de Mercado: Lei da Oferta e da Demanda

O desejo dos indivíduos determinará a magnitude da demanda e a produção das empresas determinará a magnitude da oferta. O equilíbrio entre demanda e a oferta será sempre atingido pela flutuação do preço.

A partir dela, é possível descrever o comportamento preponderante dos consumidores na aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em função de quantidades e preços. Nos períodos em que a oferta de um determinado produto excede muito à procura, seu preço tende a cair. Já em períodos nos quais a demanda passa a superar a oferta, a tendência é o aumento do preço.

A estabilização da relação entre a oferta e a procura leva, em primeira análise, a uma estabilização do preço. Uma possível concorrência, por exemplo, pode desequilibrar essas relações, provocando alterações de preço.

Agentes Econômicos

Um agente econômico é qualquer entidade que pertence e atua num determinada sistema econômica. Pode ser uma pessoa, tomada individualmente, ou uma pessoa coletiva (empresa, cooperativa, orgão governamnental, etc.)

Os agentes econôminos são:

As Famílias – que têm o objetivo de satisfazer suas necessidades;

As Empresas – que têm o objetivo de maximizar seus lucros;

O Governo – q que tem o objetivo de ampliar o bem-estar social.

Economia Capitalista

Elementos da economia capitalista:

– Capital: Não é apenas dinheiro. Capital é o conjunto de bens econômicos, tais como, máquinas, instrumentos, fábricas, terras, matérias-primas, prédios, carteiras, etc…

– Propriedade privada: Nossa sociedade é chamada de capitalista porque o capital é propriedade privada de alguém, o capitalista. É através da propriedade que o capitalismo se apropria de parte da renda gerada nas atividades econômicas.

– Divisão do trabalho: Através da especialização e da divisão de tarefas, um determinado grupo de indivíduos pode produzir muito mais do que se cada indivíduo produzisse individualmente um determinado bem.

– Moeda: Instrumento de troca criado para substituir o escambo nas transações econômicas. A Moeda tem basicamente 4 funções:

– Meio de troca: o que facilita os negócios;

– Reserva de valor: por ser mais fácil na formação de poupança, transporte e divisão;

– Unidade de conta: não é necessário se conhecer os valores relativos de todos os produtos entre si, basta conhecê-los em relação à moeda e a sua unidade monetária. Ex. Real, Dolar, Euro, etc…;

– Padrão para pagamentos: utiliza-se a moeda para todos os pagamentos.

Divisão do estudo da ciência Econômica

Para efeitos didáticos do estudo da Ciência Econômica, podemos dividir a teoria econômica em 4 grandes áreas:

a)     Microeconomia (Teoria dos Preços)

Estuda a formação dos preços nos diversos mercados, a partir da ação conjunta da oferta e da demanda. Os preços constituem os sinais para o uso eficiente dos recursos escassos da sociedade e funciona como um elemento de exclusão.

b)     Macroeconomia (Equilíbrio da Renda Nacional)

Estuda as condições de equilíbrio estável entre renda e o gasto nacional. As políticas econômicas de intervenção procuram sempre estabelecer tal equilíbrio.

c) Desenvolvimento Econômico

Estuda o processo de acumulação dos recursos escassos e da geração de tecnologia capazes de aumentar a produção de bens e serviços para a sociedade.

d) Economia Internacional

Estuda as condições de equilíbrio do comercio externo (importações e exportações), alem dos fluxos de capital.

Questões:

1 – Por que a renda no Nordeste é inferior a renda Paulista?

2 – Por que a alta no preço do cafezinho reduz a demanda de açúcar?

3 – Como se divide o estudo da ciência Econômica?